Diálogo entre MOHAMMED ODEH – Vice-presidente do Comitê da OLP para Interação com a Sociedade Israelense e
DAVI WINDHOLZ – Educador pela PAZ e ativista na formação de grupos de coexistência.
Meus pais estavam chocados com o Holocausto na Europa e apavorados com a ideia de que outro Holocausto pudesse acontecer em Jerusalém quando os britânicos saíssem. Achavam que os árabes viriam e nos matariam. Eles costumavam discutir isso em russo e polonês para que eu não entendesse, quando eu era criança. Mas eu podia sentir no ar a expectativa por algo maravilhoso e o medo de algo terrível.
Direitos históricos não devem ser alegados – palestinos e israelenses possuem, ambos, direitos sobre um pedaço daquela nesga de terra. E devem entrar em acordo sobre como dividi-la melhor… Verdades divinas são, por definição, inquestionáveis e se manifestam como dogmas de fé, não como pontos para um debate…
O sentimento dos refugiados é não apenas de que foram exilados da sua aldeia ou casa, mas da sua própria Pátria… Os que dão mordidas no território dos palestinos precisam saber que estão pilhando e infringindo a própria essência da identidade dos seus habitantes.
O fim do conflito tornou-se possível quando a OLP, em 1988, aceitou a solução de Dois Estados, concordando com um Estado limitado à Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) e a Faixa de Gaza, junto ao reconhecimento e à paz com Israel.
Professores israelenses alegam que alunos devem conhecer a história da guerra de 1948, quando cerca de 700 mil palestinos perderam suas casas. “a única maneira de construir um futuro melhor é, antes de tudo, olhar com coragem para o nosso passado e não tentar negar o que aconteceu aqui em 1948…”
Discurso de Sari Nusseibeh ao receber em 28/09/10, junto com Amos Oz, em Berlim, o Prêmio ‘Siegfried Unseld’ . Este artigo, assim como “Uma luta trágica”, foram extraídos dos seus discursos na premiação…
Discurso de Amos Oz ao receber em 28/09/10, junto com Sari Nusseibeh, em Berlim, o Prêmio ‘Siegfried Unseld’ . O artigo “Uma luta trágica”, assim como “A magia dentro de nós” foram extraídos dos seus discursos na premiação.
A questão dos livros didáticos palestinos foi exagerada. Os textos são mais problemáticos pelo que não contêm do que pelo que realmente apresentam sobre Israel, judeus, História, mapas, etc… Desse ponto de vista, os textos escolares israelenses não são muito melhores…
Acho que o nosso país está em processo de fuga há muitos anos, em vez de encarar a realidade e de ver os perigos e as oportunidades que temos para sair da situação anormal e distorcida em que vivemos…
