Tem gente com esperança de que Bush irá agora trabalhar para criar um Estado Palestino soberano e viável. Estas pessas se iludem… É verdade que Bush poderia se libertar de pressões eleitorais no segundo mandato, mas isto depende de sua vontade de fazê-lo. E Bush quer realmente mudar suas políticas?
Hoje, 15 anos após o dilúvio imigratório da Rússia, este imenso setor populacional atingiu uma certa maturidade política e uma maior consciência das complexidades. Algumas vezes, os imigrantes tem os mesmos anseios que a população em geral, mas em outras vezes suas preocupações são especificamente russas.
O precedente de uma retirada “sob fogo”, sem aguardar um acordo com o inimigo, foi colocado há quatro anos pelo governo Barak. A tranqüilidade que a saída do Líbano trouxe para a fronteira setentrional deve ser creditada em boa medida ao apoio a esse passo recebido do exterior.
” Existe uma chance para uma mudança muito significativa no discurso interno israelense.
Mas a mudança ainda não chegou, e a deterioração para a anarquia no lado palestino poderia por em perigo suas chances… ”
O pior inimigo que enfrentamos na atualidade é a perda da confiança das pessoas num acordo negociado. Os palestinos, aterrorizados pelas incursões e os ataques sem fim do exército israelense, não podem jogar o papel de profetas da paz quando suas vidas estão em constante perigo. O mesmo é aplicável ao povo israelense…
92% dos palestinos de Gaza querem reformas políticas na Autoridade Palestina.
Algum dia imaginaríamos ver o dia em que Mubarak estivesse indo em direção a Sharon e Assad o estivesse aplaudindo ?
Apesar da hostilidade e beligerância, ambos os lados têm interesse em implementar os acordos. Para os palestinos, eles são uma fonte de autoridade para o que resta de sua soberania e independência. Para Israel, os “acordos existentes” certificam a dispensa da renovação da Administração Militar, com seu pesado preço econômico e moral. Em Jerusalém e Ramala se prefere manter a ficção de Oslo como um modelo de cooperação do que cair num vácuo legal…
Os decretos de rabinos extremistas, que proíbem soldados de se envolver na evacuação de Gaza, desviam o legítimo debate público sobre o plano de desligamento, para uma escura alameda da qual se vislumbra o perigo de uma guerra civil…
“Estou aqui para dizer BASTA. Onze famílias se juntaram ao grupo dos enlutados, mas depois de amanhã ninguém lembrará deles. Esta loucura tem que acabar. Se os políticos não o fazem, talvez as famílias enlutadas o possam fazer.”
