A disposição de uma significativa maioria dos árabes-israelense, predominantemente muçulmanos sunitas, de se identificar com um movimento xiíta libanês que rejeita o direito de Israel existir pede reflexão. O Hizbolá teve um avanço ao ganhar corações e mentes entre os cidadãos palestinos de Israel…
É preferível esperar por um primeiro-ministro disposto a pagar o preço da paz, ou fazer tudo que for possível já? Eu prefiro não esperar.
Da segunda guerra do Líbano até a flotilha de Gaza – passando pela operação ‘chumbo fundido’ – os fracassos de Israel foram muito maiores que seus sucessos.
Enquanto isto, a crise moral de Israel continua se aprofundando…
Em 25|11|2009, o governo de Israel anunciou uma moratória de 10 meses na construção e projeto de assentamentos. Seis meses depois – com a expiração da mesma em setembro de 2010 ocupando as mentes dos políticos, dos colonos e seus apoiadores – o PAZ AGORA apresenta um balanço do congelamento.
Precisamos dizer ao governo de Israel que o mundo não está contra nós.
O mundo todo está contra a política deste governo.
Contra esta política de força e estupidez!
Ainda é muito cedo para julgar se o congelamento parcial dos assentamentos será consistente e servirá a causa da paz.
Mas alguns desdobramentos já permitem uma avaliação inicial…
O momento histórico pode modificar a tradicional hegemonia dos EUA nas negociações. A crise financeira global trouxe ao mundo “um reequacionamento do poder” no mundo, trazendo à tona novos atores políticos que podem entrar para o rol dos países que influenciam nas negociações pela paz.
Benjamin Netanyahu, interrompeu suas férias para convocar um ministro que descreveu como “vírus” – citando o PAZ AGORA – os oponentes à construção de assentamentos judeus em territórios ocupados
A questão dos livros didáticos palestinos foi exagerada. Os textos são mais problemáticos pelo que não contêm do que pelo que realmente apresentam sobre Israel, judeus, História, mapas, etc… Desse ponto de vista, os textos escolares israelenses não são muito melhores…
Eleição borra diferenças entre líderes; pesquisas dão vitória a ex-premiê Netanyahu. Obama é única esperança da esquerda para um acordo com palestinos…
