Categoria: Ocupação
Israel como Estado Binacional é Irreversível?
– A continuidade do statu quo, com expansão permanente da colonização israelense na Cisjordânia, necessariamente se converterá em terra fértil para que, mais cedo ou tarde, cresça a exigência de um Estado Binacional.
– Um eventual Estado Binacional entre dois povos, fermentados pelo ódio ao longo de um século, seria a receita certa para anos intermináveis de conflito sangrento. Urge criar condições para que ambos convivam de forma independente em seus respectivos Estados soberanos.
Centenas de Parlamentares Europeus protestam contra anexações na Cisjordânia
Assista | YAIR GOLAN, candidato do Meretz – em português
KAHANE Volta? | YAIR GOLAN – diálogo
Não devemos subestimar os kahanistas Ben Gvir e Smotrich, a juventude das colinas e a extrema direita. Este é um grupo extremamente perigoso, agentes do caos e da violência, que, se chegarem aos centros de poder, poderiam levar o Estado de Israel a um desastre.Primeiro, com um toque de recolher de dois meses para os palestinos, que após o massacre de Goldstein ameaçariam um ato de vingança. Depois, com o fechamento [até hoje] da Rua Shuhada, a mais importante do comércio de Hebron, para a passagem dos palestinos, onde não podem sequer se aproximar.
Corte Penal Internacional (ICC): Onde fica Israel no caso Palestina
Plano do KKL de expandir assentamentos ‘pôe em perigo sua existência’, advertem grupos judaicos.
A política do KKL seria mudada oficialmente para permitir-lhe comprar terras na Cisjordânia em benefício do empreendimento de assentamentos judeu, colocando-o numa situação que potencialmente viola a lei internacional.
A União para Reforma do Judaísmo, declarou que o movimento “pretende mobilizar a comunidade judaica para combater o plano do KKL, através de canais políticos e legais”. O rabino Jacobs disse que sua organização, como a maioria dos judeus americanos, “se opõe há muito tempo à proliferação de assentamentos, porque eles põem em risco a possibilidade de uma solução [de paz com os palestinos] de Dois Estados”, e se opôs veementemente ao plano do KKL.
O Mercaz Olami, organização sionista do movimento Conservador-Masorti, disse numa declaração sem meias palavras, que “se opõe à medida”, que “poderia pôr em risco irreversivelmente o KKL e nossa Pátria”, juntando-se a inúmeras instituições da Diáspora.
Surpreso com a decisão do ICC ?
Netanyahu declarou que a sentença da Corte é “puro antissemitismo”, assim não apenas contaminando o desacordo sobre políticas e ações israelenses com um suposto ódio aos judeus, mas também ignorando literalmente o fato de que a procuradora-geral também apontara possíveis crimes de guerra conduzidos pelo Hamas contra inocentes civis israelenses.
Benjamin Netanyahu conclui com uma promessa. “Lutaremos contra esta perversão com toda nossa força”. A analogia militarista empregada para combater acusações de crimes de guerra pode soar reconfortante para certos grupos em Israel. Nos ouvidos de outros, esses tom e mensagem combativos podem ter o efeito exatamente oposto, reforçando uma imagem militarista de Israel pisoteando os direitos dos outros impunemente.
KKL – Keren Kaiemet LeIsrael quer financiar oficialmente a Ocupação
O KKL , até agora operou na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental (onde promove o despejo de famílias palestinas) através de uma subsidiária, e deve discutir uma proposta para lhe permitir comprar terras oficialmente.
O projeto faz parte de um evidente esforço concentrado para inviabilizar a criação de um Estado Palestino viável. Se implantado poderá ser tipificado como Crime de Guerra.
Corte Internacional de Haia apura CRIMES de GUERRA de Israelenses e Palestinos
O embaixador de Israel na ONU qualificou a decisão do Tribunal Penal Internacional de “antissemita” e afirmou que minava a capacidade das democracias de lutar contra o terrorismo. O primeiro-ministro de Israel declarou que “a ICC se confunde sobre os verdadeiros crimes de guerra, e ao contrário, persegue Israel, o país que possui um sólido estado democrático, e respeita o estado de direito”.
Para Yael Ronen, estas posições são parte do léxico interno israelense, no qual qualquer crítica a Israel é etiquetada como “antissemita” para que se possa descartá-la sem discutir os fatos. São parte de uma linguagem que ignora o fato de Israel exercer o controle em vários níveis sobre quatro milhões de pessoas em Cisjordânia e Gaza, e mantém um regime que não tem nenhuma pretensão de ser democrático.