O governo Rabin mais que duplicou o orçamento de educação. Promoveu a construção de milhares de casas para jovens casais e famílias dentro de Israel. Investiu milhões em cidades em desenvolvimento e não em novos assentamentos nos territórios. Expandiu os laços com o mundo muçulmano e os países em desenvolvimento. Ainda é tempo de retomar seu legado.
Nenhum país democrático – e nenhum partido politico em qualquer país democrático – questiona a legitimidade de Israel. Mas alguns direitistas israelenses preferem ver quaisquer críticas às políticas de Israel como ataques à própria existência do Estado judeu. A direita israelense prefere fazer vistas grossas para o que realmente ameaça o caráter judeu de Israel: nosso prolongado controle sobre milhões de palestinos nos territórios ocupados.
O sentimento dos refugiados é não apenas de que foram exilados da sua aldeia ou casa, mas da sua própria Pátria… Os que dão mordidas no território dos palestinos precisam saber que estão pilhando e infringindo a própria essência da identidade dos seus habitantes.
Justiça em Israel não é meramente o direito de judeus a uma moradia decente. É também o direito à liberdade de uma nação sob ocupação.
‘Os militantes nas ruas de Israel representam o verdadeiro sionismo’É maravilhoso ver a bandeira israelense tremulando nessas manifestações, depois de parecer ter se tornado a propriedade do movimento dos assentados, de direita. As manifestações atuais não são apenas um reflexo do protesto social. A manifestação é sionista no sentido mais profundo de um sionismo justo e humanista…
Israel tem que ser uma democracia na qual as minorias tenham direitos iguais. Ou uma etnocracia para os judeus que acreditam que seu direito à Terra de Israel é superior a qualquer outro direito humano?
O filósofo judeu Martin Buber defendeu o sionismo e um país binacional. Como educador foi um expoente da Educação para Paz, sugerindo que os professores – prioritariamente – ensinem os jovens a conviver com o próximo.
O atual ambiente político faz 1989 parecer uma brincadeira de criança. Avigdor Lieberman e seus aliados estão brincando com fogo. Nossa democracia está em jogo, assim como muitos cidadãos, cujo ‘crime’ é trabalhar para que este seja um verdadeiro Estado democrático, em paz com seus vizinhos.
Aderir ao que a maioria eventual na opinião pública israelense acredita ser possível é um equívoco insustentável, pelos dados presentes. Maiorias podem eleger rabinos fanáticos, demagogos, populistas e cavar sua própria desgraça, dentro da mais estrita legalidade institucional…
Moshe Sharett e David Ben-Gurion, líderes da criação do Estado de Israel, perceberam que quando chegasse a hora de definir fronteiras, a terra não poderia apenas ser vista como a terra natal do passado.
