A maior ameaça a Israel atualmente vem de dentro. É o legado da guerra de 1967 – que deu vida a um novo status quo definido por um projeto ideológico, extremista, antidemocrático de assentamento, ao qual foi permitido sequestrar o futuro de Israel.
Em 25|11|2009, o governo de Israel anunciou uma moratória de 10 meses na construção e projeto de assentamentos. Seis meses depois – com a expiração da mesma em setembro de 2010 ocupando as mentes dos políticos, dos colonos e seus apoiadores – o PAZ AGORA apresenta um balanço do congelamento.
Ainda é muito cedo para julgar se o congelamento parcial dos assentamentos será consistente e servirá a causa da paz.
Mas alguns desdobramentos já permitem uma avaliação inicial…
Em vez de eliminar postos avançados de assentamentos, conforme compromissos internacionais, o governo de Israel ignora a própria Justiça do país para ampliar a colonização de territórios palestinos. O assentamento Adam ultrapassaria a barreira, e criariam um bloco contíguo de assentamentos judeus a Oeste até o grande assentamento de Nevê Yaakov, 7 quilômetros mais distante. Um novo traçado da barreira de segurança para abranger o resto de Adam seria quase um fato consumado…
O mundo – incluindo os amigos de Israel – sabe que estabelecer novos assentamentos é incompatível com uma solução de dois Estados para o conflito. Agora e no futuro.
Israel é uma democracia sujeita à lei. O PAZ AGORA irá continuar pressionando o governo de Israel para que execute sua obrigação de fazer valer a lei referente aos outposts e assentamentos.
Hebron vem sendo foco de reverência religiosa e disputa há mais de 2000 anos, com cada religião dominante em sua época reclamando a Tumba de Abraão para si mesma. A cidade já foi palco de sangrentos massacres de judeus por árabes, e de árabes por judeus.
