O PAZ AGORA é o mais antigo movimento pacifista de Israel e o de maior base popular do país.
O movimento foi fundado em 1978 durante as conversações de paz entre Israel e Egito. Num momento em que essas negociações estavam prestes a fracassar, um grupo de 348 oficiais de reserva e soldados das unidades de combate do exército israelense publicou uma carta aberta ao então primeiro-ministro de Israel instando o governo a fazer o possível para não deixar se perder aquela oportunidade de paz. Dezenas de milhares de israelenses escreveram em apoio à carta, dando luz ao movimento.
Os princípios básicos do movimento desde então são o direito de Israel viver em fronteiras seguras e o mesmo direito aos seus vizinhos, incluindo o direito dos palestinos à autodeterminação. Com o tempo, o movimento se convenceu de que a criação de um Estado Palestino nos territórios ocupados na guerra de 1967, ao lado de Israel, é a única solução viável para o conflito.
Quando a OLP, em 1988, aceitou a Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU e o princípio da Solução de Dois Estados, o PAZ AGORA promoveu uma massiva manifestação de 100.000 pessoas pedindo que o governo negociasse com a OLP. Dando total apoio ao avanço representado pelos Acordos de Oslo em 1993, o PAZ AGORA tem consistentemente apoiado todo e qualquer passo prometendo promover a resolução do conflito, além de pressionar os poderes constituídos do país para iniciativas em direção ao fim da ocupação e negociações pela paz.
O PAZ AGORA atua através de campanhas populares, propaganda, petições, distribuição de material educativo, conferências e palestras, pesquisas de opinião, grupos de diálogo, atividades de rua, vigílias e manifestações. O movimento organizou a maior manifestação já realizada em Israel, com cerca de 400.000 pessoas (de uma população àquele tempo de 5 ½ milhões) em 1982, exigindo uma comissão de inquérito sobre o massacre de Sabra e Chatila no Líbano. A comissão então formada recomendou o afastamento de Ariel Sharon do cargo de Ministro da Defesa e qualquer função de comando militar, por responsabilidade indireta pelo crime perpetrado pelos falangistas libaneses.
Um importante projeto contínuo do PAZ AGORA é sua Equipe de Monitoramento de Assentamentos, que rastreia a construção de colônias nos territórios ocupados, incluindo alvarás de construção, expropriação de terras e alocações orçamentárias. O movimento também promove pesquisas de opinião, como estudos das atitudes de colonos com vistas a uma possível evacuação (e compensação) da Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Os dados e mapas produzidos por esses estudos têm credibilidade amplamente reconhecida pela população e pelos governos israelense e palestino, assim como de outras partes envolvidas na resolução do conflito.
Um dos objetivos do PAZ AGORA é ampliar a consciência dos imensos sofrimentos infligidos aos palestinos, assim como dos danos, não apenas econômicos e políticos, mas também aos valores morais da sociedade israelense, em decorrência da Ocupação de territórios palestinos em 1967.
Pouco após o início da Intifada de al-Aqsa, o movimento promoveu a criação da COALIZÃO ISRAELENSE DA PAZ, que evoluiu para a COALIZÃO ISRAELENSE-PALESTINA PELA PAZ, composta de personalidades políticas e populares israelenses e palestinas.
Esta Coalizão foi formada com base na Declaração Conjunta Israelense-Palestina, a qual também inspirou a reorganização dos Amigos Brasileiros do PAZ AGORA em meados de 2001, além da Iniciativa de Genebra, que resultou no detalhado Acordo de Genebra (2003), até hoje um paradigma para a solução dos principais temas do conflito.
O PAZ AGORA, apesar do clima de violência, tem prosseguido na realização de atividades e declarações conjuntas com diversos agrupamentos do campo da paz israelense e palestino, apoiando iniciativas como o Acordo de Genebra, e o Plano Nusseibeh-Ayalon, entre outras.
Saiba mais: sobre o Movimento PAZ AGORA:
> Shalom Achshav | PAZ AGORA – Israel (hebraico)
> Shalom Achshav | PAZ AGORA – Israel (inglês)