Agora vamos, novamente, lamentar nosso destino amargo, os foguetes e ataques terroristas, a violência de nossos vizinhos e nossas vítimas sagradas que morrem em vão. Israel poderia ter evitado tudo, e desta vez isto poderia ter sido feito com bastante facilidade.
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Quando Israel não deseja a calma, ele despacha soldados em uniforme policial para um lugar extremamente sagrado para os muçulmanos durante o seu mês mais sagrado. Quando o governo de Israel não quer tranquilidade, envia sua polícia para espancar barbaramente os fiéis, constrangendo centenas de pessoas nos tapetes da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, para humilhá-los diante das câmeras, para todo o mundo árabe ver.
Não há um único muçulmano, ou qualquer ser humano, que pudesse ter permanecido indiferente às cenas chocantes na mesquita. Claro, é possível espalhar histórias sobre como as pessoas “se esconderam” na mesquita, mas a verdade é que muitos jovens querem passar as noites de sexta-feira durante o Ramadã dentro da mesquita sagrada. Esse é o direito deles, certamente no último lugar na terra em que os palestinos ainda têm algum resquício de soberania.
Um governo que não quer a paz, sangra lentamente aqueles sob a sua Ocupação. Mal passou uma semana nos últimos meses sem mortes palestinas insuportáveis e – já em seguida – todos agem surpresos, imaginando o que estas bestas humanas estão fazendo conosco, realizando um ataque por atropelamento em Tel Aviv e um atentado a tiros no Vale do Jordão.
Não querer silêncio é enviar um número louco de tropas, após cada ataque terrorista, para os campos de refugiados e cidades palestinas e virar a vida dos seus moradores do avesso por um longo tempo, demolindo as casas das famílias de terroristas e prendendo milhares de pessoas. Deter 1.000 pessoas por longos meses sem julgamento também é uma maneira comprovada de alcançar a falta de silêncio, o que Israel também realizou.
Aprisionando a Faixa de Gaza para sempre, bombardeando a Síria sem limites e subjugando cruelmente os palestinos. O que mais o belicismo exige?
E junto com eles, há a direita pró-Bibi que quer esmagar os movimentos de protesto, o que só poderia ser eliminado por outra rodada de derramamento de sangue. E mais tarde, sempre poderíamos dizer que os culpados foram os árabes.