[ fonte: Movimento PAZ AGORA | SHALOM ACHSHAV | 08|02|2023
APOIO: Amigos Brasileiros do PAZ AGORA | www.pazagora.org ]
AMANHÃ, 10 de fevereiro, recordaremos os quarenta anos desde o trágico assassinato de Emil Grunzweig por um terrorista judeu de extrema-direita, quando participava de uma manifestação do PAZ AGORA em Jerusalém.
Anos depois, a mesma corrente de extremistas assassinou o então primeiro ministro Yitzhak Rabin, sob a incitação política dos mesmos indivíduos que HOJE ocupam o governo do Estado de Israel
Junte-se a nós para um evento único na ‘Gymnasia Herzliya High School’ em Tel Aviv na próxima sexta-feira, 10 de fevereiro, a partir das 11:00 da manhã.
O EVENTO
No 40º aniversário do assassinato de Emil Grunzweig, um evento acontecerá no Ginásio Hebraico Hertzliya, em Tel Aviv. Esta será uma oportunidade única para a geração mais jovem ouvir sobre a história de Emil. E para todos refletirem sobre a falta de progresso feito nos últimos 40 anos no processo de PAZ e identificarmos áreas onde é necessário mais trabalho para garantir que os princípios de Liberdade, Democracia e Paz sejam protegidos.
Esta será uma oportunidade essencial para os participantes se reunirem, lembrarem o legado de Emil Grunzweig e renovarmos o nosso compromisso com o Ativismo Político, a Democracia e a Paz.
Esperamos que o legado de Emil continue a inspirar as gerações futuras a assumir um papel ativo na formação da sua Sociedade, e é por isso que decidimos intitular este evento de “Lição Cívica“. Mais do que uma homenagem ao companheiro Emil Grunzweig,
Teremos palestrantes importantes, como Shaqued Morag, Zeev Dgani, Yair Golan, Vardi Kahana, Zouheir Bahloul, Israel Frey e Chen Arieli), e artistas que destacarão a seguinte mensagem:
Emil foi morto porque era um cidadão ativo e patriota.
40 anos depois, nossa resposta ao seu assassinato é mais relevante do que nunca: a melhor maneira de honrar sua vida é através do ativismo político.
Será apresentada uma visão clara e bem formulada que, em pouco tempo, inspirará o ativismo na Luta pela Democracia e contra a Ocupação.
Estaremos compartilhando experiências pessoais e reflexões sobre o estado atual do país, bem como a visão para o futuro. Será também destacada a importância de continuar o trabalho de Emil Grunzweig e outros ativistas pela Paz que têm lutado por uma solução pacífica para o conflito.
A união de todas as forças democráticas é URGENTE, à luz da nova e perigosa realidade social e política gerada por um governo extremista, que está atacando a DEMOCRACIA de Israel e os próprios fundamentos básicos consignados em nossa Declaração de Independência.
LUTE PELA PAZ
DOE aqui AGORA
OS FATOS | 10|02|1983
Quarenta anos atrás, em 10 de fevereiro de 1983, o ativista do PAZ AGORA Emil Grunzweig foi assassinado por um terrorista judeu de extrema direita em uma manifestação do PAZ AGORA em Jerusalém, não muito longe do gabinete do primeiro-ministro.
Nesta manifestação, o PAZ AGORA exigia de Menachem Begin, então primeiro-ministro, que adotasse as recomendações do Comitê Kahan. Esse Comitê – que investigou o massacre nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila, no Líbano – criticou o primeiro-ministro e o ministro das Relações Exteriores, mas não os considerou totalmente responsáveis pelo massacre. Ariel Sharon, que era o ministro da Defesa àquele tempo, foi acusado de ignorar intencionalmente as ações da falange libanesa nos campos. O Comitê recomendou que ele renunciasse ao seu cargo. Como Begin não declarou imediatamente o endosso dessas recomendações, o PAZ AGORA decidiu realizar uma manifestação de protesto.
Emil Grunzweig, ao centro, minutos antes de ser assassinado.
A fotógrafa Vardi Kahana trará amanhã seu testemunho.
LUTE PELA PAZ
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A manifestação foi logo cercada por uma turba hostil e violenta de direitistas, mas continuou avançando em direção ao Gabinete do primeiro-ministro, entre gritos, xingamentos empurrões e pancadas. Nos últimos minutos, Emil Grunzweig foi atingido por uma granada arremessada pelo extremista Yona Avrushmi contra os manifestantes.
O terrorista judeu Yona Avrushmi, lançou a granada de mão sobre a primeira fila dos ativistas do PAZ AGORA. Emil faleceu e nove companheiros foram feridos.
O evento trágico foi o primeiro de uma série de atentados terroristas e ações violentas por parte de israelenses radicais de direita contra ativistas pela PAZ
e por DIREITOS HUMANOS em Israel.
Avrushmi alegou à Justiça que tinha sido influenciado pela retórica direitista contra o Campo da Paz e o PAZ AGORA. Doze anos depois, Yigal Amir também argumentaria ter sido influenciado por declarações inflamatórias e incitação da extrema-direita para assassinar o então primeiro-ministro ITZHAK RABIN.