[ Editorial do Haaretz | 03|02|2023 |
| traduzido pelos Amigos Brasileiros do PAZ AGORA | www.pazagora.org ]
A carta que a procuradora-geral de Israel, Gali Baharav-Miara, enviou ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ontem, deu uma explicação detalhada do que deveria ser auto-evidente:
Um primeiro-ministro que está até o pescoço em acusações de corrupção não deve tocar no sistema legal.
O problema é que não só Netanyahu tem pessoalmente um conflito de interesses, mas também todo o governo de Netanyahu, porque um primeiro-ministro e seu governo são a mesma coisa. O principal implementador das mudanças propostas em nosso sistema de governo, o ministro da Justiça, Yariv Levin, foi nomeado por Netanyahu, e foi escolhido exatamente para esse propósito. As mudanças radicais que Levin e o deputado Simcha Rothman estão propondo nunca teriam visto a luz do dia sem o apoio de Netanyahu, e desapareceriam se Netanyahu assim o desejasse. Consequentemente, a carta da procuradora-geral é importante a nível público e declaratório, mas não impedirá Netanyahu de realizar o plano para enfraquecer o sistema legal, o que, ao longo do caminho, o ajudará a se livrar de seu julgamento.
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Israeli AG says judicial overhaul ‘severely harms’ Israel’s checks and balances
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If Israel’s judicial reform is so bad, why is the shekel doing so well?
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Israel’s attorney general under severe threat, security officials warn
Em março de 2021, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu que o acordo de conflito de interesses elaborado pelo então procurador-geral Avichai Mendelblit era vinculativo e que Netanyahu deve cumpri-lo. A presidente da Suprema Corte, Esther Hayut, escreveu em sua decisão que “uma das suposições fundamentais que formaram a base para permitir que o deputado Netanyahu formasse um governo, apesar da acusação pendente contra ele, era que um acordo de conflito de interesses seria elaborado para ele”. Hayut disse que “este acordo destina-se a aliviar os temores decorrentes da situação excepcional e sem precedentes em que processos criminais estão sendo conduzidos contra um primeiro-ministro em exercício”.
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O novo governo de Netanyahu iniciou uma tempestade de leis, que ameaçam os mais importantes fundamentos da Democracia do Estado de Israel. Em destaque, está solapando a autoridade e a competência do Poder Judiciário.
Centenas de milhares de israelenses saem às ruas de todo o país para protestar. Na Europa e nos Estados Unidos, as comunidades judias começam a fazer o mesmo.
A J-AMLAT [Judeus Latino-Americanos Progressistas pela Paz] se une ao esforço mundial, aderindo ao Apelo do I.R.A.C. [Israel Religious Action Center][ leia o original em www.irac.org].
1. Acesse o link https://bit.ly/PelaDemocraciaemIsrael, criado especialmente para as comunidades latino-americanas – AGORA MESMO – pois as reformas antidemocráticas estão sendo implantadas velozmente.
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