[ por The Times of Israel | 18|11|2021 | traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]
Após reunião na Noruega dos principais doadores aos palestinos, enviados do “Quarteto do Oriente Médio” – composto pelos Estados Unidos, União Européia, Nações Unidas e Rússia — publicaram uma declaração rara:
“Os enviados saúdam os passos anunciados por Israel para se aproximar da Autoridade Palestina e assistí-la em sua crise fiscal”. diz o documento
Os enviados acrescentam que estão “profundamente preocupados com os acontecimentos na Cisjordânia, Jerusalém e Faixa de Gaza, incluindo os contínuos atos de violência na Cisjordânia, o avanço de novas unidades de assentamento, a insuportável crise fiscal dentro da Autoridade Palestina e ameaças de violência da Faixa de Gaza”.
Israel não provou que ONGs palestinas banidas têm vínculo com terrorismo, diz União Européia
‘Estamos pedindo respostas do governo israelense. E ainda não recebemos respostas convincentes”, diz Josep Borrell.
[ por Aaron Boxerman | The Times of Israel | 18|11|2021 | traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]
O Alto Representante da União Européia, declarou, ontem, que Israel ainda tem que enviar provas definitivas de que as seis ONGs palestinas recentemente banidas são organizações ligadas ao grupo terrorista Frente Popular para a Libertação da Palestina.
“Estamos pedindo respostas do governo israelense e ainda não recebemos respostas convincentes”, disse Borrell num encontro a portas fechadas dos doadores internacionais para os palestinos em Oslo.
O discurso de Borrell, como outros na conferencia, não foi público, O The Times of Israel recebeu uma transcrição de um funcionário não identificado.
Israel declarou no final de outubro que os seis grupos civis são ligados a grupos terroristas lincados à FPLP. O anúncio disparou uma tempestade de coberturas e condenações, pois a maioria deles recebia fundos europeus e internacionais.
“Precisamos de provas desses argumentos”, disse Borrell, conforme a transcrição.
As seis organizações palestinas em questão — al-Haq, Addameer, Union of Agricultural Work Committees, Defense for Children International – Palestine, Bisan, e Union of Palestinian Women’s Committees — são grupos proeminentes e bem estabelecidos.
No final de outubro, o ministro da defesa Benny Gantz emitiu ordens que classificavam as seis como grupos terroristas. Após investigação do serviço secreto Shin Bet, autoridades israelenses alegaram que a FPLP havia usado as organizações para canalizar fundos de doadores europeus para o grupo terrorista.
A FPLP, que declaradamente busca destruir Israel, tem uma longa História de ataques violentos a soldados e civis israelenses. Os EUA, a UE e muitos da comunidade internacional a classificam como organização terrorista.
Autoridades israelenses apontaram antecedentes de líderes das ONGs – incluindo o diretor da al-Haq Shawan Jabarin — como pertencente à FPLP. As ONGs palestinas rebatem com veemência as acusações contra elas, acusando Israel de querer silenciar as críticas às suas políticas.
“Eles podem ser capazes de nos fechar; Podem tomar nossos fundos; Podem nos prender, mas eles não podem parar nossa firme e inquebrantável crença de que esta Ocupação deve ser responsabilizada por seus crimes”, disse Jabarin ao The Times of Israel.
Funcionários da ONU repudiaram a decisão, dizendo que era arbitrária e caprichosa.
“As organizações … enfrentam consequências de longo alcance como resultado desta decisão arbitrária, assim como as pessoas que as sustentam e trabalham com elas”, disse a Alta Comissária para Direitos Humanos da ONU, a chilena Michelle Bachelet.
“O trabalho crucial que elas desempenham para milhares de palestinos se arrisca a ser interrompido ou severamente restrito”, adicionou.
Um dossier israelense classificado que buscava detalhar as ligações entre os grupos palestinos e a FPLP também não convenceu os países europeus a parar de financiar os grupos, conforme o site israelense Local Call.
Se evidências substantivas fossem fornecidas de que qualquer beneficiário fez um uso inapropriado de fundos europeus, a União Européia agiria para recuperar esses fundos”, disse um porta-voz da UE no fim de outubro.
Mas Bruxelas reafirmou que as acusações israelenses não foram satisfatoriamente comprovadas.
Leia a Petição pela Liberação das ONGs Palestinas de Defesa dos Direitos Humanos
“Prezado ministro Gantz, …..
… A J-Link, e suas organizações judias progressistas em todo mundo, instam-no a reverter esta decisão ou fornecer evidências públicas e credíveis que a fundamentem” .