Manifestantes se reuniram em praça na região central e discursaram contra medidas do governo Netanyahu
[ por: Natalia Vieira | SBT NEWS | 06/08/2023 às 18:10 ]
Integrantes da comunidade judaica em São Paulo se reuniram neste domingo (06.ago) num ato em defesa da democracia israelense e contra a reforma do sistema judicial do país. Em discurso na Praça Ester Mesquita, região central da capital paulista, os ativistas fizeram críticas ao atual governo e disseram que as medidas não representam os judeus brasileiros.
O Parlamento de Israel aprovou, no último dia 24, uma das principais leis do projeto proposto pela coalização da extrema-direita, liderada pelo premiê Benjamin Netanyahu. A lei retira da Suprema Corte o poder de bloquear decisões do governo. A reforma judicial causou uma onda de protestos pelo país e em outras partes do mundo. Manifestantes estão nas ruas há mais de 30 semanas para dizer não à reforma.
Em São Paulo, essa foi a primeira vez que a comunidade judaica se reuniu num ato, mas as entidades já vinham coletando assinaturas num documento que considera a reforma como “um golpe para mudar o regime”. As instituições Amigos Brasileiros do PAZ AGORA, Avodá-Ameinu Brasil e Meretz Brasil reuniram cerca de 1.000 assinaturas até o momento.
“Houve um tipo de golpe político liderado pelo Netanyahu, ele conseguiu ser eleito se unindo a dois grupos de extremistas que estão procurando mudar todas as regras do jogo em Israel para assumir o controle do país, planejando anexar todas as terras dos palestinos e acabar com o sonho de Israel”, diz Moisés Storch, coordenador dos
Amigos Brasileiros do PAZ AGORA.
A Suprema Corte de Israel analisará um recurso contra essa nova lei, que limita os poderes do próprio tribunal, no dia 12 de setembro. Os organizadores disseram que vão mandar imagens desse ato aqui em São Paulo para que os judeus de Israel sintam o apoio dos judeus brasileiros.
Saiba mais:
+ Reduzir o poder da Suprema Corte enfraquece a já frágil democracia de Israel
+ Suprema Corte de Israel julga recurso à lei que limita próprio poder
+ Israel termina operação militar e retira tropas da Cisjordânia