“O PAZ AGORA está tomando medidas diretas contra os postos avançados dos colonos. Em fevereiro passado, a PAZ AGORA liderou uma marcha de protesto até o posto avançado ilegal de Evyatar , exigindo seu despejo imediato. Em maio, organizamos e lideramos uma manifestação que levou uma escavadeira para tentar desmantelar o posto avançado ilegal de Homesh. E, há menos de um mês, estávamos liderando os membros de um protesto contra as tentativas do grupo de colonos Nachalá de estabelecer uma série de novos postos ilegais em toda a Cisjordânia ocupada. Oren Ziv e Meron Rapoport, da Revista +972, entrevistaram nossa Diretora Executiva Dra. Dana Mills, e conversaram sobre os novos desafios para o nosso movimento, e sobre a importância da ação direta na Cisjordânia ocupada. Aqui estão alguns trechos da entrevista: “Para quem conhece a Ocupação, é claro que o exército tentaria separar a reunião ou declarar uma zona militar fechada. Para aqueles que acreditam que Israel é um país democrático, foi um grande choque que [o exército] tenha parado nosso ônibus, declarado uma zona militar fechada, e [usado] violência severa — só porque queríamos protestar. Isso faz parte do processo que estamos passando como movimento. Nosso trabalho é alcançar um público que não necessariamente queira se juntar a outras organizações que são consideradas mais radicais.” Dana Mills, diretora executiva interina do PAZ AGORA (Oren Ziv) “Nossa força como movimento por Dois Estados é falar em cessar a desapropriação e cessar o colonialismo, imediatamente. Quando eu posso acordar o público e a comunidade internacional, e dizer que, para manter algum tipo de possibilidade de uma Solução de Dois Estados, precisamos parar este posto avançado ou esse assentamento, eu tenho poder para influenciar. Quando viajo para a Cisjordânia e vejo o que acontece diariamente, tenho uma forte necessidade de parar a desapropriação e a violência que vem deste sistema colonialista. A Solução de Dois Estados é uma importante ferramenta de RP neste sistema.” |
Leia a entrevista da Revista +972 com nossa Diretora Executiva, Dra. Dana Mills |
Dana Mills, Diretora Executiva interina do PAZ AGORA |
Para maiores detalhes, contacte Mauricio Lapchik, Coordenador de Relações Externas do PAZ AGORA |
O PAZ AGORA está tomando medidas diretas contra os postos avançados dos colonos. Pode ter sucesso?
O grupo anti-ocupação está pressionando a esquerda sionista a adotar táticas mais disruptivas, diz a chefe interina Dana Mills. Mas há limites para sua abordagem?
[ entrevista de Dana Mills, diretora executiva interina do PAZ AGORA, por Oren Ziv e Meron Rapoport | +972 Magazine | 16|08|2022 | traduzida pelo PAZ AGORA|BR | www.pazagora.org ]
Qualquer um que tenha ido recentemente a uma manifestação anti-ocupação israelense, terá notado dezenas, se não centenas, de caras novas. Muitos desses recém-chegados são ativistas que participaram dos protestos da Balfour Street em 2020, organizados por meses diante da residência de Jerusalém do então primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e que, por várias razões, eventualmente se voltaram para manifestações que iam além do slogan “Qualquer um, menos Bibi”.
Esse processo, que tem sido descrito como a “Balfourização” da luta anti-ocupação em Israel, teve impacto nas atividades de organizações veteranas como o PAZ AGORA, que nos últimos meses retomou ações diretas na Cisjordânia ocupada. Curiosamente, essas manifestações foram caracterizadas por uma imagem que, certa ou erradamente, tem sido cada vez mais ligada ao PAZ AGORA nos últimos anos.
Em fevereiro passado, o PAZ AGORA e outros grupos participaram de uma marcha de protesto para o posto avançado de colonos de Evyatar exigindo sua evacuação. No final de maio, foi um dos líderes de uma manifestação que trouxe uma escavadeira para tentar desmantelar o assentamento ilegal de Homesh. E no mês passado, seus ativistas estavam liderando membros de um protesto contra as tentativas do grupo de colonos Nachalá de estabelecer uma série de novos postos avançados em toda a Cisjordânia.
Os ativistas israelenses chegaram a essas manifestações prontos para entrar em confronto com policiais ou colonos. Quando a polícia bloqueou a marcha até Homesh e prendeu os motoristas das escavadeiras, dezenas de manifestantes bloquearam os carros da polícia por mais de uma hora, e a polícia levou tempo para removê-los com força. No protesto de Nachala, ativistas tentaram impedir fisicamente que os colonos partissem de seu ponto de encontro em Barkan.
“Balfour nos ensinou a ir ao local da injustiça”, disse Dana Mills, diretora executiva interina do PAZ AGORA. “Voltar às ações nos territórios é uma lição direta de Balfour. Se eu quiser me manifestar contra um posto avançado, não vou fazer isso em Tel Aviv, mas levar minha multidão para Homesh. Como em Balfour, na estrada para Homesh você está exposto a todos os obstáculos para chegar lá: postos de controle e policiais.”
Mills, 40 anos, cresceu em Zichron Ya’akov, no norte de Israel, e juntou-se ao PAZ AGORA aos 13 anos. Como ativista da organização na década de 1990, Mills disse que fazia parte de “um movimento de massa que desafiava os partidos de esquerda. Era um movimento muito ativista, que bloqueava estradas e entrava em conflito com os colonos. Foi assim que aprendi, em primeira mão, o que é a Ocupação, o que é um posto de controle. Eles me ensinaram sobre resistência não violenta.” Do ponto de vista de Mills, o PAZ AGORA está agora passando por um retorno a esse passado ativista.
Depois de dois diplomas acadêmicos em ciência política, Mills foi para o exterior fazer seu doutorado na Universidade de Oxford, que tratava de política e dança. Ela escreveu dois livros: um examina a ligação entre o corpo, a dança e a política (Mills costumava ser uma dançarina, e continua a dançar até hoje); o outro é uma biografia da filósofa revolucionária e ativista Rosa Luxemburgo — “uma mulher judia que escreveu sobre o colonialismo e foi assassinada por fascistas”, como descreveu Mills.
Durante a pandemia, Mills viu num anúncio a oferta de emprego para coordenador de relações exteriores do PAZ AGORA, conseguiu o cargo e retornou a Israel após 13 anos. “O debate acadêmico é bom, mas como israelense, me perguntei qual era o meu papel nisso”, explicou. “Eu queria causar um impacto, não apenas escrever.”
O que, na sua opinião, trouxe pessoas dos protestos na Balfour para a luta contra a Ocupação?
Algo muito significativo aconteceu na Balfour. Pessoas que levavam vidas muito calmas encontraram a polícia e a violência policial. Para muitos israelenses, a polícia não é uma força neutra, mas como uma mulher ashkenazi privilegiada, eu não fui criada para temê-los. Para quem viveu pacificamente em um Estado supostamente liberal e democrático, e nunca se interessou pelo que está acontecendo nos territórios ou pelo que está acontecendo com os cidadãos palestinos de Israel, foi um despertar, e lhes deu a oportunidade de fazer outras perguntas sobre democracia.
Ativistas do PAZ AGORA, incluindo Dana Mills (à direita) bloqueiam uma estrada para tentar evitar uma detenção policial em uma manifestação contra o posto avançado de Homesh, Rosh Ha’ayin, 28 de maio de 2022. (Oren Ziv)
Como isso se conecta ao ativismo do PAZ AGORA?
Quando os protestos começaram em Balfour, eu estava na Inglaterra, acompanhando de longe. Eu vi pessoas voltando para a ação direta, primeiro em Tel Aviv e Petah Tikva, e depois para o local real da injustiça. O PAZ AGORA foi [à Balfour] desde o início sob a bandeira: “Não há democracia com Ocupação”. Organizamos marchas do [bairro palestino] Silwan para Balfour e o comício em memória a [Yizthak] Rabin. Há um reavivamento da luta direta entre as pessoas que não necessariamente saíram da luta anti-ocupação.
Estamos vendo muitas organizações que saíram de Balfour e se interessaram, antes de mais nada, no “Ninguém menos que Bibi” [edição], e que estavam procurando o que fazer a seguir. Por meio de nossa Balfourização, e através de nossa transição para uma resistência mais direta, nós, como um movimento de esquerda sionista, podemos ser um endereço para diferentes grupos e indivíduos que têm experiência em ação direta e estão procurando qual questão abordar a seguir. “Ninguém menos que Bibi” não é uma resposta à questão do que há de errado com a democracia israelense. É algo mais profundo.
Uma ampla gama de ideologias
Mills afirma que a ação direta do PAZ AGORA nos últimos meses é uma continuação do seu ativismo na década de 1990, mas a mudança parece mais profunda do que isso. Sua Unidade de Desmanche de Postos Avançados, lançada no mês passado, tem uma escavadeira como seu logotipo, que lembra os desenhos dos Anarquistas Contra a Parede — grupo que participou de ações diretas nos territórios ocupados, inclusive sabotando a barreira de separação — no início dos anos 2000. Em um protesto em Tel Aviv no mês passado marcando 55 anos de ocupação, ativistas do PAZ AGORA marcharam com uma bandeira palestina. Vinte anos atrás, membros do mesmo movimento tentaram impedir que as pessoas hasteassem uma bandeira palestina em uma manifestação na Praça Rabin.
“Há uma ampla gama de ideologias no PAZ AGORA“, explicou Mills. “Há mais pessoas na esquerda sionista e outras mais no centro. Mas eles conseguem se reunir em torno de uma ação compartilhada. Eu acho que a bandeira palestina, porque é tão assustadora para a direita, é parte do desafio, e da afirmação de que não é assustador. Em nome de um movimento sionista, não tenho problema em segurar uma bandeira [palestina]. Não me ameaça e não me faz uma antissionista.”
Centenas de palestinos e israelenses marcham de Silwan em Jerusalém Oriental até a Residência do Primeiro-Ministro, em 6 de fevereiro de 2021. (Keren Manor/Activestills.org)
Em um protesto anti-ocupação, ela lembrou: “os idosos estavam marchando, e ao lado deles jovens com uma bandeira palestina. Um dos manifestantes mais velhos lhes disse: “Eu me lembro quando os ativistas da PAZ AGORA batiam nas pessoas segurando uma bandeira palestina.” Em um movimento de esquerda sionista que acredita na Solução de Dois Estados, um Estado palestino ao lado do Estado de Israel, você precisa aprender a lidar com a bandeira [palestina].”
Mills acrescentou: “Dado o discurso e a guerra cultural em torno das bandeiras, e quando todas as segundas e quintas [colonos] estão derrubando bandeiras em Huwara [uma cidade palestina perto de Nablus], há espaço para se comportar de forma diferente. Quando fizemos o protesto em Homesh e fomos presos em Kedumim, não trouxemos bandeiras israelenses. Houve manifestantes que trouxeram [bandeiras israelenses], e nós não adoramos; dissemos que não podemos ficar em território Ocupado e hastear a bandeira do país ocupante.”
Na década de 1990, quando o PAZ AGORA estava encenando suas grandes manifestações, a organização acreditava que era possível pressionar o governo a mudar suas políticas. Ainda é o caso de hoje?
O PAZ AGORA sempre falou, e ainda fala, sobre mudança de política. Quando tomamos medidas diretas, não estamos fazendo isso para que as pessoas vejam que há uma força policial violenta nos territórios. Estamos pensando estrategicamente sobre onde vale a pena operar, como Homesh, onde há um amplo acordo de que precisa ser evacuado — disse o [ministro da Defesa Benny] Gantz. Com Homesh não estamos apenas dizendo: “Venha e olhe para o regime opressivo.” Estamos dizendo que é um lugar estratégico importante para sair do ciclo de repressão em que estamos presos.
No início dos anos 2000, o PAZ AGORA organizou protestos sob a bandeira de “deixar os territórios e voltar para nós mesmos”. Hoje, com o desaparecimento da Linha Verde e o discurso sobre o apartheid, esse slogan ainda é relevante?
Não sei se estamos “voltando para nós mesmos”, mas sim [estamos dizendo] “vamos nos reconstruir”. São duas coisas muito diferentes. Não estamos dizendo vamos restaurar a ordem e será divertido, mas vamos iniciar um processo de construção dentro da democracia israelense.
Membros do PAZ AGORA protestam contra a construção de um novo assentamento na Cisjordânia perto da cidade de Nablus, 18 de abril de 1983. (Gil Goldshtein/GPO)
Quanto à questão do apartheid, emitimos um relatório em 2018 falando sobre o apartheid dentro dos territórios ocupados, de acordo com a opinião de nosso consultor jurídico, Michael Sfard. Este é um sinal de alerta para o público que vive dentro das fronteiras pré-1967 de que. se não pararmos a anexação, haverá uma realidade de um estado de apartheid de fato aqui.
Dois Estados para acabar com o colonialismo?
Quando você vai demolir estruturas em Homesh ou nos postos avançados de Nachalá, você está tentando agir como se fosse um braço da Administração Civil israelense. De certa forma, você está procurando “fazer cumprir a lei”. Mas na Cisjordânia não há lei – todos os assentamentos são ilegais.
Dizer “vamos evacuar o posto avançado” não significa que o assentamento ao lado dele esteja bem. Não fiquei surpresa quando ficamos presos em um estacionamento em Rosh Ha’Ayin e não nos permitiram ir para Homesh. Estas são perguntas que surgiram durante os protestos da Balfour: a polícia está protegendo você? O Estado de Direito está do seu lado? Há uma grande parte do público que acredita nisso, e havia pessoas que realmente acreditavam que chegaríamos a Homesh. Quando saí naquela manhã, eu me perguntava onde eles iriam nos parar; Nunca pensei que o exército diria: “Você é um cidadão de Israel, é seu direito democrático demonstrar contra um posto avançado. Venha e vamos escoltá-lo…
Para quem conhece a Ocupação, é claro que o exército tentaria separar a reunião ou declarar uma zona militar fechada. Para aqueles que acreditam que Israel é um país democrático, foi um grande choque que [o exército] tenha parado o ônibus, declarado uma zona militar fechada, e [usado] violência severa — só porque queríamos protestar. Isso faz parte do processo que estamos passando como movimento. Nosso trabalho é alcançar um público que não necessariamente queira se juntar a outras organizações que são consideradas mais radicais.
E ainda assim, essas ações são muito parte do sistema.
Indiretamente há algo sistêmico nesta ação. Ainda acredito que este Estado pode ser democrático e judeu. Uma parte do público israelense-sionista, que está mais para o centro do que nós, não se preocupa com a Ocupação e a opressão do povo palestino, mas está interessada no futuro da democracia israelense. É nosso lugar introduzir a necessidade de preservar a Solução de Dois Estados, preservar a luta por um Estado judeu e democrático.
Soldados israelenses guardam milhares de jovens colonos enquanto marcham
O foco nos postos avançados não legitima o resto dos assentamentos?
O foco nos postos avançados é uma estratégia projetada para expor o sistema como um todo. Os postos avançados ilegais — porque têm uma taxa muito alta de violência dos colonos, e porque expressam de forma tangível o extremismo da Ocupação — podem ser usados como ponto de partida para o processo. Se eu organizasse uma manifestação no E1 [área entre Jerusalém e Ma’aleh Adumim, que tem sido um grande foco da comunidade internacional], talvez quatro pessoas viriam. Mil pessoas vêm a uma manifestação em Tel Aviv, e isso é considerado bom. Mas para expandir o acampamento, eu preciso encontrar um ponto de entrada, e [os postos avançados] são um desses pontos.
Apenas israelenses participaram dessas últimas ações, ao contrário das manifestações contra a barreira de separação na qual israelenses se juntam aos protestos palestinos.
Nós coordenamos, por exemplo, com o conselho da aldeia burca sobre a ação em Homesh. Temos conexões com as comunidades palestinas, e eles dizem: “Finalmente os israelenses estão fazendo algo.” Entendo que há parceiros que terão mais dificuldade conosco, e é por isso que é bom que existam outras organizações. Isso é totalmente bom.
Você considera o fato de que o Nachalá não foi capaz de estabelecer um único posto avançado um sucesso? Eles alegaram que nunca quiseram estabelecer um posto avançado com caravanas.
Estávamos em suas excursões preliminares – eles queriam caravanas, mas reduziram suas expectativas. Nossa ação foi um sucesso, no que me diz respeito, porque é a primeira vez em muito tempo que houve resistência no chão. Encenamos um confronto frontal. Em um nível pessoal, essa foi uma experiência muito difícil, porque encontramos violência policial, enquanto colonos, principalmente mulheres e crianças, estavam rindo ao lado.
A Linha Verde foi quase apagada ao longo dos anos, e muitos estão agora pensando em soluções que estão além do quadro de Dois Estados. Como você vê esse desenvolvimento?
Não discordo que a Linha Verde esteja sendo apagada. A questão é qual é a solução. Devemos dizer: “É isso, ela se foi, não é mais possível?” Ou devemos dizer que há espaço para pensar em uma fronteira – sobre a separação. O PAZ AGORA não é militante de uma separação total — há muito pensamento [na organização] sobre modelos. O pensamento é que precisamos de Dois Estados nacionais que viverão lado a lado, e o grau de cooperação entre eles é uma questão de fluidez.
Nossa força como movimento por Dois Estados é falar sobre parar a desapropriação e parar o colonialismo imediatamente. Quando eu posso acordar o público e a comunidade internacional, e dizer que, para manter algum tipo de possibilidade de uma Solução de Dois Estados, precisamos parar este posto avançado ou esse assentamento, eu tenho poder para influenciar.
Quando viajo para a Cisjordânia e vejo o que acontece diariamente, tenho uma forte necessidade de parar a desapropriação e a violência que vêm deste sistema colonialista. A Solução de Dois Estados é uma importante ferramenta de RP neste sistema.
Falar sobre a Linha Verde e Dois Estados não é um retorno aos anos 90. É dizer: vamos pensar em uma constelação na qual haverá uma possibilidade de auto-expressão para o nacionalismo palestino e o nacionalismo judeu, ao mesmo tempo em que entendemos que precisamos repensar os direitos do povo palestino nesta terra.
Hoje estamos ouvindo discussões sobre o Nakba no PAZ AGORA. Isso é uma mudança?
O fato de eu estar falando de uma Solução dentro das fronteiras de 67 não significa que estou ignorando o Nakba. Nos anos 90, não falávamos sobre o Nakba. É um processo que organizações como Zochrot lideraram na esquerda israelense, e é muito importante. Surgiu quando fizemos um filme sobre famílias em Sheikh Jarrah e Silwan e falamos sobre como eles enfrentam uma dupla desapropriação. Foi aí que a conversa se abriu. Muitas pessoas na esquerda sionista ao meu redor estão abertas ao discurso de Nakba; eles estão abertos ao seu significado.
[ entrevista de Dana Mills, diretora executiva interina do PAZ AGORA, por Oren Ziv e Meron Rapoport | +972 Magazine | 16|08|2022 | traduzida pelo PAZ AGORA|BR | www.pazagora.org ]