Quando os cidadãos israelenses se definem como judeus – em vez de israelenses – enfraquecem sua ligação com o país e impedem a identidade nacional de florescer.
[ por A.B.Yehoshua | Haaretz | 12|09|2013 | traduzido pelo PAZ AGORA|BR | www.pazagora.org ]
Quem é britânico? Quem é tailandês? Quem é francês? Quem é polonês?
- Defining ‘Who Is a Jew’
- On Being an Israeli in Israel
- When Nicole Krauss Was Bullied in J’lem
- The Palestinians Are Also to Blame
- For the Glory of the Middle East
Cada resposta a essa pergunta tem duas partes diferentes, a parte da cidadania e a parte da identidade, que não necessariamente se sobrepõem. Por exemplo, meu sobrinho nasceu nos Estados Unidos de pais que estavam lá como emissários; ele automaticamente tem cidadania americana, o que requer o mínimo de esforços para manter, mas sua identidade é claramente israelense e não americana. Se eu o descrevesse como americano por causa do seu segundo passaporte, ele ficaria ofendido e protestaria.
Um paquistanês que chegou ontem ao aeroporto de Heathrow, em Londres, e tem cidadania britânica que herdou de seu pai ou avô, é britânico – mesmo que ele não saiba uma palavra de inglês e nunca tenha ouvido falar de Shakespeare ou Byron. Sua cidadania britânica lhe dá todos os mesmos direitos e obrigações que o primeiro-ministro britânico, mas ele tem uma identidade completamente diferente.
Hoje em dia, cidadania e identidade não são idênticas. É verdade que a grande maioria das pessoas que têm uma identidade nacional particular são cidadãos dessa nação. Mas muitos milhões de outras pessoas ao redor do mundo (entre elas muitos judeus) são cidadãos de uma determinada nação, mas vêem sua identidade nacional como algo completamente diferente.
Entender a diferença entre identidade e cidadania é a pedra angular para responder à pergunta: “Quem é um israelense?”
Em termos de cidadania, todos que têm uma carteira de identidade israelense são israelenses, e sob as regras da democracia todos devem ter direitos iguais. Mas nem todas essas pessoas se identificam como israelenses. Um milhão e meio de palestinos com cidadania israelense geralmente se identificarão como palestinos. Eles são considerados uma minoria nacional vivendo em sua terra natal entre a maioria de uma nacionalidade diferente.
Tal situação, na qual uma minoria nacional vive entre a maioria de uma nacionalidade diferente, é muito comum no mundo de hoje – você a encontra na Europa, Ásia e África. Neste respeito, os israelenses palestinos não são diferentes de outras minorias nacionais, como bascos, curdos ou quebecois. Mas devemos lembrar que o israelense palestino não é uma minoria territorial. No que diz respeito a ele, toda a Palestina – e todo o território israelense – é sua terra natal. Assim, a autonomia territorial na Galiléia ou na concentração de cidades árabes israelenses conhecidas como Triângulo, por exemplo, não tem sentido. Só há autonomia cultural.
Há, é claro, um fluxo bidirecional entre muitos elementos da identidade nacional da maioria e a cidadania da minoria, e vice-versa. A identidade judaica dos judeus franceses é fortemente influenciada por sua cidadania francesa, e é possível que a identidade francesa seja um pouco influenciada pela identidade nacional judaica. O mesmo acontece em Israel. A identidade palestina dos cidadãos palestinos de Israel contém componentes da identidade israelense geral (inclusive através da língua hebraica), e também trabalha para moldar essa identidade. Quando um juiz israelense árabe preside um caso contra o presidente de Israel, ou quando um diretor de hospital árabe israelense estabelece novos procedimentos de internação, eles estão criando códigos israelenses que estão no centro da identidade israelense, da mesma forma que um juiz da Suprema Corte judaica americana pode ser um parceiro na interpretação da Constituição dos EUA.
Identidade vs. cidadania
Ainda assim, há uma diferença entre identidade e cidadania. Quem melhor do que os judeus provou isso repetidamente ao longo de sua História em muitas partes do mundo?
Portanto, o termo “Israel” não aborda apenas a cidadania comum de judeus e árabes em Israel, mas é um conceito de identidade em si mesmo. Mesmo que não houvesse um único árabe palestino no Estado de Israel, o Estado é chamado de “Israel” e, portanto, seu povo é israelense e não judeu. O Estado é israelense e não judeu; afinal “Israel” era o nome original do povo judeu, enquanto “judeu” (ou iehudi em hebraico) é um nome que foi anexado mais tarde: Aparece pela primeira vez durante um período de exílio, no contexto de Mordechai, o judeu que viveu em Shushan, capital da Pérsia, e que trouxe sua sobrinha Ester ao rei Ahasuerus, permitindo que ela com ele se casasse.
Se Moisés, o Rei David e os profetas Isaías, Jeremias e Samuel visitassem o Knesset [Parlamento de Israel] e fossem perguntados por seu orador: “Quem são vocês, senhores? Por favor, identifiquem-se”, eles sem dúvida responderiam: “Somos Israel” ou “Somos dos filhos de Israel”. E se o orador surpreso do Knesset pressionasse o ponto perguntando “Vocês são judeus [iehudim]?” eles responderiam: “Não sabemos o que você quer dizer com ‘iehudim’. Você quer dizer alguém da tribo de Judá [Iehudá] ou outra coisa?
A palavra “iehudi” não aparece nos livros de orações judaicos nem uma vez, e os sábios da Mishná insistiram em usar apenas o termo “Israel” e não o termo “Iehudi”.
De acordo com a tradição, o nome “Israel” foi concedido pelo próprio Deus. É por isso que o território associado com o povo é chamado de Terra de Israel. As universidades israelenses ensinam mahshevet Israel (filosofia judaica), a História do povo de Israel, a literatura do povo de Israel e, claro – o nome do Estado é Israel. Assim, pergunta-se o que aconteceu nos últimos 20 a 30 anos para transformar repetidamente as palavras Iehudi, Iehudiut (judaísmo) e mediná Iehudit (Estado judeu) em indicadores de identidade para israelenses, relegando a palavra “Israelense” para algum canto apenas para fins civis.
É possível que um espanhol que viva em Madri veja sua Espanha como meramente um denominador comum civil entre ele e os bascos ou os catalães, e não uma identidade profundamente enraizada que está por conta própria?
Confinando a Israelidade
Acredito que o processo de confinar a Israelidade a um canto tão civil tem a ver com pelo menos quatro fatores diferentes que, por vezes, se contradizem uns aos outros, cada um com sua própria lógica interna.
1) Primeiro, há os diferentes fluxos de observância religiosa. Embora o conceito de “judeu”, como já demonstrei, não contenha necessariamente qualquer componente religioso, é claro para os religiosos que quanto mais eles restringem “Israel” a um conceito com significado apenas civil, mais o conceito de “judeu”, que foi esvaziado das obrigações civis, assumirá características religiosas.
Imaginemos um capelão do Exército de Defesa de Israel perguntando a um soldado: “O que você é?” e o soldado inocente respondendo: “Sou israelense, sirvo no exército e falo hebraico”. O rabino então dirá: “Isso é tudo? Então o Druso é um israelense como você; ele serve no exército e fala hebraico. Se esse é o caso, qual é a diferença entre vocês? Então, quando o soldado envergonhado começar a gaguejar, o capelão sugerirá que ele preencha o vazio em sua identidade israelense com alguma “herança judaica”, ou seja, religião.
Essa tática não só tem a cooperação daqueles afiliados a [o partido ‘A Casa Judia] Habait Haiehudi e todo o espectro dos ultra-ortodoxos, mas também dos judeus reformistas e todos aqueles que buscam suas “raízes” que estão procurando converter sua identidade israelense usando conceitos religiosos, que eles recolhem principalmente de livros e midrash.
2) O segundo elemento que empurra a israelidade para um canto civil são os judeus da diáspora e todos que se envolvem com eles. Agora que o termo “israelo” é percebido como se referindo a uma cidadania específica, os judeus na diáspora têm que se diferenciar dele, para evitar a identificação formal com Israel. No entanto, ao mesmo tempo, todos aqueles que cultivam a relação entre Israel e a Diáspora, buscam parcerias e incentivam aliá [emigração para Israel] a usar o termo “povo judeu” como o único conceito através do qual se conectar e compartilhar. No entanto, ao invés de sugerir que os judeus da Diáspora melhorem e aprofundem sua judeidade adotando a identidade israelense, eles transmitem: Venha fortalecer o judaísmo do Estado de Israel, como um baluarte contra seus cidadãos árabes.
3) O terceiro fator que ajuda a restringir a israelidade como identidade são, na verdade, os árabes. Eles dizem aos israelenses: “Olha, vocês são basicamente judeus, assim como os judeus na América ou inglaterra ou Argentina, e os judeus que viveram ao redor do mundo por mais de 2.000 anos e mantiveram sua herança e identidade. Por que vieram em multidão para nossa terra, nos expulsando e colocando vocês mesmos em perigo? “Afinal, você faz parte do povo judeu. A identidade judaica (seja como religião ou nacionalidade limitada) não precisa de território e soberania para se moldar. Além disso, durante séculos, judeus cujo modo de vida e aspirações não eram diferentes de outros judeus que viviam ao redor do mundo viviam na Terra de Israel e em todo o Oriente Médio. Por que de repente você precisa de soberania e uma identidade israelense?”
4) Um quarto fator são os pós-sionistas, que aspiram a um novo povo israelense, desvinculado de qualquer identidade judaica ligada ao exílio, história ou religião (no espírito do “canaanismo”). Para eles, Israel como um “estado de todos os seus cidadãos” não é apenas uma demanda por plena igualdade cívica, mas até certo ponto um esforço para intensificar e expandir a sobreposição entre cidadania e identidade. Em outras palavras, eles querem borrar a identidade histórica israelense e substituí-la apenas por uma versão geral da cidadania, como a do americano ou do australiano.
Esses quatro fatores (juntamente com vários outros) minam o conceito de identidade israelense como uma identidade judaica completa, que esses ensaios estão procuram definir.
Uma identidade judaica comum
“Não há judeu na Diáspora, mesmo um judeu como você que vive totalmente através de seu judaísmo, que com o judaísmo possa ser um judeu completo, e não há comunidade judaica na Diáspora que seja capaz de viver uma vida judaica completa. Só no Estado de Israel é possível uma vida judaica completa. Só aqui surgirá uma cultura judaica digna do nome, que será 100% judia e 100% humana. O livro não passa de uma parte, um capítulo de uma cultura. A cultura de um povo compreende um campo, uma estrada, uma casa, um avião, um laboratório, um museu, um exército, uma escola, autogoverno, as paisagens de sua Pátria, teatro, música, linguagem, memórias, esperanças e assim por diante. Um judeu completo é um ser humano completo, sem qualquer lacuna ou partição entre o judeu e o ser humano, entre o cidadão e o público; não é possível em uma terra estrangeira.”
Estas profundas declarações, que foram trazidas à minha atenção recentemente, foram escritas pelo primeiro-ministro israelense David Ben-Gurion na década de 1950 para um judeu na Diáspora chamado S. Ravidowitz. Observações que fiz em uma veia semelhante há alguns anos durante uma palestra para membros do Comitê Judaico Americano em Washington provocaram uma resposta tempestuosa; afinal, ninguém gosta de ouvir que sua identidade querida é essencialmente parcial.
Mas, quando percebi que também havia muitas objeções às minhas observações em Israel, entendi que algo deu errado em entender a mudança fundamental para a identidade judaica que ocorreu com o estabelecimento do Estado de Israel. Isso é surpreendente, já que no passado, durante os primeiros anos do sionismo e com a fundação do Estado, a percepção da identidade israelense como uma identidade judaica completa era natural para muitas pessoas. Mas nos últimos anos houve uma inversão perturbadora, que está sendo conduzida, como observado, por diferentes elementos que se contradizem, em primeiro lugar, pelos religiosos, em suas diversas permutações.
De fato, por cerca de 2.000 anos havia apenas um padrão de identidade judaica. Os judeus viviam entre as nações, em países que os judeus viam como territórios estrangeiros, controlados por diferentes religiões e povos que falavam línguas estrangeiras. Os judeus, como uma minoria nacional errante, mais ou menos participaram das sociedades em que viviam, com sua identidade judaica tocando apenas em aspectos específicos de suas vidas.
Além disso – e para mim esta é a mudança fundamental trazida pela soberania judaica em Israel – no exílio ou na diáspora não governa judeu sobre outro judeu, nem é obrigado a ele de qualquer forma, a menos que ele escolha ser assim. Na diáspora, um judeu pode se relacionar com outro judeu livremente. A vida judaica é fortemente influenciada por não-judeus e é subordinada a eles. A responsabilidade coletiva é totalmente voluntária. O dano causado a um judeu russo não requer ajuda de um judeu italiano, a menos que este último opte por ajudar.
Então falar sobre um destino judeu comum é improvável. Quando Londres foi bombardeada durante a blitz alemã, ingleses de Liverpool ou Leeds participaram de sua defesa, e um inglês de Manchester estava sujeito a ser enviado para lutar contra os alemães no deserto árabe. Quando a Grã-Bretanha impõe um plano de austeridade do governo, afeta todos os cidadãos, onde quer que estejam.
Isso é o que se entende por um destino comum, e nesse sentido pode-se dizer que há um destino israelense comum, ou um destino palestino comum. Mas quando os judeus foram enviados para os campos de extermínio na Polônia, para os judeus de Nova York, Brasil ou Irã, a vida continuou como de costume. E quando os judeus da Espanha foram expulsos, judeus no Iraque ou na Alemanha estavam pacificamente a fazer seus negócios. Ao longo da história, o destino dos judeus foi determinado, para o bem ou para o mal, apenas pelo lote das nações entre as quais viviam.
A identidade israelense devolve o controle sobre os judeus às mãos judaicas, e restaura o compromisso mútuo entre judeus que prevaleceu durante o Primeiro e Segundo Templo. Em Israel, os judeus pagam impostos sob leis aprovadas pelos judeus, são enviados para a guerra pelos judeus, e os judeus determinam os estratos sociais e as leis de bem-estar para seus companheiros judeus. Judeus enviam soldados para proteger assentamentos que estão fartos, e ao mesmo tempo os judeus enviam outros soldados para evacuar assentamentos que são sagrados aos olhos de seus habitantes.
Essa atitude holística cria uma identidade rica e existencialmente significativa que é infinitamente mais moral do que a que existe na Diáspora, onde as disputas são verbais, sem capacidade de obrigar ninguém a fazer nada.
Moralidade israelense vs. judaica
De repente, todos os elementos da vida tornaram-se abertos à influência da identidade judaica e, assim, assumiram uma identidade israelense. Agora, uma série de novas questões éticas com que um judeu nunca lidou e ainda não precisa lidar na Diáspora representam desafios para os israelenses, que devem tomar decisões reais e práticas e não apenas analisar e interpretar as questões como um curso de estudo.
Como, por exemplo, uma prisão israelense deveria ser? Qual é o tamanho das celas? Quais são os procedimentos de prisão? Até que ponto e quão moral é torturar um terrorista perigoso para obter informações importantes dele? É permitido vender armas a um país africano governado por um regime despótico, para evitar o desemprego na indústria armamentista israelense?
Os valores nacionais são determinados não por conversa, mas por ação. É fácil para um rabino em uma sinagoga de Chicago tirar a “moralidade judaica” de sua adorável caixa de etrog no Shabat, entregar um sermão agradável sobre isso para seus congregantes, e depois devolvê-lo para a caixa. Mas em Israel, a moralidade judaica às vezes é determinada pelo ângulo em que um soldado segura um rifle enquanto enfrenta uma manifestação palestina nos Territórios. Essa moralidade é testada todos os dias e a cada hora através de mil atos diferentes. É por isso que hoje é mais fácil ser judeu na Diáspora, porque nas questões maiores um judeu da Diáspora participa apenas como cidadão (às vezes um pouco distante) de outra nacionalidade.
Um judeu religioso em Israel também deve ampliar consideravelmente sua identidade, e é obrigado a tomar decisões e forjar relações que não são exigidas do judeu na Diáspora. Um israelense religioso deve decidir, juntamente com o judeu secular, se deve comprar outro jato de caça ou construir outra ala hospitalar. Ele pode ser capaz de apoiar sua posição usando fontes religiosas e é até desejável que ele o faça, mas terá que lidar com as evidências e apoio que outros trazem de suas fontes. O que é decidido essencialmente se torna uma nova halacha (lei judaica).
Em uma palestra que Haim Nahman Bialik deu em Nahalal em 1932, dois anos antes de sua morte, ele se expressou no espírito do que Ben-Gurion deveria escrever mais tarde.
“É muito simples: o conceito de cultura para cada povo. Inclui todos os elementos da vida, do mais baixo ao mais sublime. Sapatos, paralelepípedos, calças de costura,, lavoura e solo é certamente cultura. Tudo é cultura – cultura de diferentes formas. Há aqueles que, para facilitar as coisas, separam a cultura material da cultura espiritual. Esta é uma divisão um tanto artificial, porque se estamos falando de cultura, já há uma junção de matéria e espírito… Aqui na Terra de Israel o conceito de cultura assume todo o significado. Tudo o que é criado na Terra de Israel pelos judeus torna-se cultura.”
Portanto, uma lição de Talmud em uma Ieshiva ou em um instituto como Alma, o auto-descrito lar para a cultura hebraica, não tem mais identidade judaica do que um debate no Comitê de Prevenção de Acidentes Rodoviários. Qualquer diferenciação entre eles é artificial e perigosa. Porque a israelidade é o que traz uma integração total entre matéria e espírito, de todos os aspectos que Bialik indicou.
O processo de transformar a identidade israelense em uma pele em vez de uma roupa é um processo novo e revolucionário para o judeu histórico, que durante a maior parte de sua História entrou e saiu das roupas nacionais dos outros. Estamos apenas no início da luta pelo lugar de uma identidade israelense em nossas vidas. Os processos “judeus” que voltaram a nos sobrecarregar estão apenas atrasando e prejudicando o estabelecimento e aprofundando a identidade israelense. Quando nos definimos como judeus – e não como israelenses – então mesmo antes de obtermos outro passaporte de alguma embaixada estrangeira, já temos um passaporte judeu global. E em um mundo que está se tornando uma aldeia global, este passaporte facilita a mudança de um país para outro e emigrar de Israel.
Acredito que ex-israelenses e judeus atuais também serão cidadãos das colônias espaciais que serão construídas em algumas décadas. Talvez mesmo lá, os emissários de Chabad os ajudem a manter um mínimo de sua identidade judaica, como fazem agora em todo o mundo. Lá fora, nessas colônias espaciais, eles certamente dirão: “Ano que vem em Jerusalém.” E mais uma vez, o medo retorna. Jerusalém voltará a ser uma abstração como foi por centenas de anos de História judaica ou continuará sendo uma entidade viva? Isso não dependerá da nossa identidade judaica, mas da identidade israelense.
[ por A.B.Yehoshua | Haaretz | 12|09|2013 | traduzido pelo PAZ AGORA|BR | www.pazagora.org ]