Em carta a Bennett, ministro das Relações Exteriores diz que plano de legalizar outpost poderia prejudicar alianças regionais, reforçar os esforços de boicote contra Israel;
[ Fonte: Times of Israel | 02|02|22 – traduzido pelo PAZ AGORA|BR | www.pazagora.org ]
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, alertou o governo que os planos para autorizar retroativamente o posto ilegal de Evyatar na Cisjordânia poderia tensionar as relações com os Estados Unidos e levar a uma grave reação da comunidade internacional, de acordo com relatos do Haaretz.
Surgiram notícias na manhã de quarta-feira de que o ex-procurador-geral Avichai Mandelblit teria aprovado um acordo de compromisso entre o governo e os colonos para legalizar Evyatar, em suas últimas horas no cargo na terça-feira. A medida, que é muito controversa na coalizão governamental ideologicamente diversa, ainda demandaria a aprovação final do ministro da Defesa Benny Gantz.
De acordo com Haaretz, Lapid enviou uma carta em termos duros ao primeiro-ministro Naftali Bennett, revelando que altos funcionários dos EUA alertaram Israel sobre as consequências de avançar com o plano.
“Qualquer passo para a implementação do plano, para o qual não fui consultado e é contrário à minha opinião… poderia ter sérias consequências diplomáticas e danos às relações exteriores, em primeiro lugar dos Estados Unidos, Lapid avisou. Isso já foi deixado claro pela administração dos EUA nos níveis superiores.”
A Rádio do Exército também informou que, em um parecer oficial ao Ministério da Justiça, o vice-procurador-geral do Ministério das Relações Exteriores alertou que a promoção do plano de compromisso Evyatar causará danos substanciais às relações diplomáticas e reforçará os esforços de boicote contra Israel.
“Autoridades diplomáticas estimam que o esboço levará a uma escalada nas atividades de deslegitimação contra Israel”, diz o parecer.
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Trabalhistas e Meretz alertam: autorizar posto avançado ilegal Evyatar ameaça coalizão de governo
Deputado do Meretz, Mossi Raz promete torpedear novo acordo, “mesmo que signifique derrubar o governo”
Os partidos Trabalhista e Meretz da coalizão reagiram enraivecidos na quarta-feira ao aparente progresso nos planos de autorizar retroativamente o posto avançado ilegal da Cisjordânia de Evyatar.
O deputado do Meretz, Mossi Raz disse que não será capaz de engolir tal ato, que “seria um passo longo demais”. Raz disse que “se eu conseguir derrubar Evyatar, o farei, mesmo que signifique derrubar o governo“.Raz disse à Rádio do Exército que quando se trata de “territórios ocupados, este é o governo mais direitista da história de Israel“, afirmando que mesmo o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não teria autorizado Evyatar.
“Nosso governo deve lidar com o aumento acentuado dos preços e a ajuda econômica urgente aos cidadãos”, disse o partido trabalhista Avodá. “Em vez disso, um pequeno número de membros do governo está optando por reconhecer postos avançados ilegais que prejudicam a segurança israelense. Aqueles que querem uma coalizão estável e funcional devem agir conforme os acordos”,
O partido Meretz disse que se oporá a “qualquer tentativa de estabelecer novos assentamentos”, e que esta questão está “na raiz do acordo para formar o governo“. O partido disse que legalizar novos assentamentos “é a última coisa que este país precisa”.
O partido de oposição Lista Conjunta, majoritariamente árabe declarou que “autorização para Evyatar cospe no rosto de todos que querem paz e democracia”.
Sob os termos de um acordo alcançado no final de junho pelo ministro da Defesa Benny Gantz, na época da transição para o novo governo, os colonos de Evyatar deixaram o posto avançado pacificamente e a área tornou-se uma zona militar fechada, com as casas e estradas permanecendo no local, protegidas por um destacamento de soldados.
Como parte daquele acordo, foi realizada uma pesquisa que teria determinado que parte da terra não pertencia a palestinos, abrindo caminho para o estabelecimento de uma yeshivá e o retorno de algumas famílias de colonos.
Os colonos batizaram o posto avançado Evyatar em homenagem a Evyatar Borovsky, colono assassinado em um ataque a facadas no cruzamento de Tapuach, por um palestino em 2013.
Várias dezenas de famílias de colonos se mudaram clandestinamente para o local, que já havia sido cenário de outros postos avançados que foram arrasados pelas autoridades israelenses, e estabeleceram uma yeshivá. O acordo no verão passado, segundo o qual os colonos partiram, veio logo após a formação do frágil governo do país e teria sido obtido como uma maneira de evitar o espetáculo midiático de tropas arrastando famílias israelenses à força.
Palestinos em aldeias próximas dizem que o posto avançado foi construído em suas terras e temem que ele cresça, fundindo-se com assentamentos maiores nas proximidades, impedindo a contiguidade com a cidade palestina de Nablus.
[ Fonte: Times of Israel | 02|02|22 – traduzido pelo PAZ AGORA|BR | www.pazagora.org ]