Grupos influentes Americanos-Judeus Instam o Governo de Israel a Agir contra a Violência de Colonos ‘Extremistas’ na Cisjordânia

Sete organizações judaicas dos EUA pedem ao governo israelense que tome “medidas inequívocas” contra a violência dos colonos que vem “aumentando e se intensificando ao longo do último ano.

Está na hora das lideranças judaicas da América Latina se expressarem

[ por Ben Samuels | Haaretz | 25|01|2022 | traduzido pelo PAZ AGORA|BR | www.pazagora.org ]

WASHINGTON – Sete proeminentes organizações americano-judaicas exortaram as autoridades israelenses na terça-feira a condenar “o terrorismo em curso e a violência política cometida por extremistas israelenses judeus na Cisjordânia contra palestinos, civis israelenses e soldados do IDF”.

Em uma carta organizada pelo Fórum de Política de Israel [Israel Policy Forum] e assinada pelos grupos  Liga Anti-Difamação [ADL], Conferência Central dos Rabinos Americanos, Conselho Nacional das Mulheres Judias, Assembléia Rabínica, União para a Reforma do Judaísmo, Sinagoga Unida do Judaísmo Conservador, os coletivos exortaram o primeiro-ministro Naftali Bennett, o ministro das Relações Exteriores Yair Lapid e o ministro da Defesa Benny Gantz a abordar a “tendência perturbadora” através de “ações inequívocas”

Esses ataques servem como uma afronta ao Estado de Direito de Israel, à democracia israelense e aos valores judaicos, ao mesmo tempo em que minam a imagem e as relações de Israel com o governo dos Estados Unidos, o povo americano e o judeu americano“, diz a carta, acrescentando que “eles dificultam a apreciação das necessidades e esforços legítimos e contínuos de segurança de Israel para resolver o conflito israelo-palestino.

A carta se segue ao incidente da semana passada, onde sete ativistas de direitos humanos foram levemente feridos perto do  vilarejo palestino de Burin, na Cisjordânia. Eles estavam na aldeia para ajudar agricultores palestinos a plantar árvores em áreas que haviam sido danificadas ou vandalizadas.

.Os grupos norte-americanos observam que os ataques são “perpetrados por um pequeno grupo de radicais” e que israelenses também são objeto de crescentes ataques de palestinos”. Insistem, porém, que os ataques israelenses têm sido “cada vez mais frequentes e intensos” no último ano.

TOI: Jan. 25 – Who should be handling extremist settlers?Military correspondent Judah Ari Gross and Arab affairs reporter Aaron Boxerman

A carta conclui com os grupos instando todo o governo israelense e o aparato de segurança a “se unirem em forte condenação contra esses atos, a trabalhar decisivamente para responsabilizar os responsáveis e para enfrentar as crescentes ameaças representadas por esses extremistas, com a determinação e a gravidade que esta grave situação requer.”

Os signatários representam mais de três quartos das Congregações judaicas e outros círculos eleitorais nos EUA, representando um consenso significativo do descontentamento americano-judeu com a escalada da violência dos colonos.

Automóvel de pacifistas incendiado por colonos na Cisjordânia na semana passada.

[ por Ben Samuels | Haaretz | 25|01|2022 | traduzido pelo PAZ AGORA|BR | www.pazagora.org ]

Em tempo: segundo a Jewish Telegraphic Agency em 25|01|22, os ataques violentos perpetrados por colonos contra palestinos na Cisjordânia em 2021, superaram os ataques do ano anterior em quase 50%, de acordo com um relatório do The Times of Israel. O governo Biden sinalizou que está monitorando o fenômeno e no mês passado o Relatório Anual de Terrorismo do Departamento de Estado dos EUA incluiu extensas reportagens sobre a violência dos colonos.

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