RELATÓRIO PAZ AGORA
POR QUE NÃO EXISTEM ASSENTAMENTOS LEGÍTIMOS.
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É do interesse de Israel e dos seus aliados que um futuro Estado Palestino, estabelecido ao lado de Israel, seja capaz de ficar de pé sobre seus próprios pés, tanto política quanto economicamente.
A viabilidade não é meramente uma função da oportunidade presente conquistada por um espaço dado, mas também do seu potencial para conseguir oportunidads nas próximas décadas.
O futuro acordo pode incluir algumas trocas de terras [land swaps], mas a quantidade de terra que Israel pode anexar e dar em retorno ao Estado Palestino é muito limitada.
A construção continuada por israelenses dentro e próximo aos limites de alguns dos assentamentos que Israel acredita que pode absorver, como parte de um acordo de troca de terras, ameaça a viabilidade de um futuro Estado Palestino, destruindo assim a perspectiva de uma solução de Dois Estados.
O novo Relatório do PAZ AGORA define alguns elementos básicos sobre os quais um Estado Palestino viável deve ser construído.
Seja por questão de urbanismo, crescimento balanceado, rede de transportes, espaços abertos, etc…, esse elementos precisam ser garantidos e fortalecidos.
O documento mostra como qualquer desenvolvimento de assentamento impede a possibilidade de uma Estado Palestino viável e, como qualquer tentativa de traçar uma linha entre assentamentos ‘legítimos’ ou ‘ilegítimos’ apenas daria mais ‘legitimidade’ ao projeto de assentamento como um todo, podendo destruir as chances de paz.
Todos assentamentos são ilegítimos e causam sérios danos às chances para paz. Não temos outra escolha. A Solução de Dois Estados é a única solução para o conflito israelense-palestino.
Embora Israel tenha criado tantos fatos consumados difíceis de desfazer, ainda assim as chances de que a população israelense concorde em desfazê-los – e se retirar dos Territórios Ocupados – são muito maiores do que as chances de concordar em viver em total igualdade com os palestinos, dando-lhes todos os direitos (o que significaria mais da metade das cadeiras do parlamento israelense).
O que precisamos dos nossos aliados é uma voz clara e firme para nos despertar da ilusão de que podemos continuar construindo nos assentamentos e ao mesmo tempo conseguir um acordo de paz.