O papel da arqueologia na “judaização” de um bairro árabe – 30 famílias judias em meio a 50 mil palestinos – beirando a Cidade Velha
O Plano de Trump para Jerusalém deixa todo o controle do coração histórico da cidade em mãos israelenses. Este é o resultado dos esforços de colonos israelenses direitistas, nas últimas duas décadas para remarcar locais históricos importantes como quase exclusivamente judaicos.
Esplanada das Mesquitas vista de Silwan
Nesses esforços, a arqueologia tem tido um papel central. Grupos de colonos apoiados por consecutivos governos de direita têm investido milhões de shekels, através da construtora ELAD, na escavação e preservação de locais da cidade para tornar seu coração histórico inegociável.
Neste webinar, siga Yonathan Mizrachi, diretor executivo da ONG “Emek Shaveh“, em um tour virtual no parque arqueológico “Cidade de David, localizado no bairro palestino de Silwan. Ele explicará como a narrativa histórica do local está sendo moldada para propósitos políticos.
O tour também entra no bairro de Silwan, onde os moradores palestinos tem sido objetos de sucessivos despejos pela empreiteira ELAD (controlada pelo movimento de colonos) e experienciado danos e rachaduras em suas casas provocados pelas excavações subterrâneas horizontais .
Emek Shaveh é uma ONG israelense que trabalha na proteção de sítios antigos como ativos públicos que pertebcem a membros de todas fés e povos. Emek Shaveh desafia o uso da história e da arqueologia para desapropriar comunidades desprivilegiadas em Jerusalém e na Cisjordânia, e vê os lugares de Patrimônio Histórico como recursos para construir pontes e reforças as ligações entre povos e culturas.