Maioria dos judeus de Israel não apóia a anexação de territórios disputados na Cisjordânia.
A pesquisa, conduzida pelo movimento “Comandantes pela Segurança de Israel – CIS” (composto de oficiais de segurança seniors que se opõem à extensão da soberania israelense a terras palestinas), examinou uma amostra de 1.000 pessoas judias.
Só 26% dos respondentes disseram apoiar a anexação potencial, enquanto 40% preferem um acordo permanente de Dois Estados, 22% defendem um desligamento unilateral dos palestinos, enquanto só 13% estão contentes com a situação atual.
Embora o pleito de anexar as partes estratégicas da Cisjordânia fossem um dos principais pontos da campanha eleitoral do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, só 1/3 (36%) dos eleitores do Likud disseram apoiar a iniciativa.
Dos eleitores do Likud, 21% disseram preferir una solução de Dois Estado, enquanto 25% preferem uma retirada unilateral e 18% estão contentes com a situação atual.
A pesquisa também revela que a maioria dos cidadãos judeus, incluindo eleitores do Likud, não apóiam a anexação do Vale do Jordão, caso isto prejudique as relações com a Jordânia.
Só 28% se disseram dispostos a arriscar o acordo de paz com o Reino Hachemita. Entre eleitores do Azul e Branco, só 10% estão dispostos a por em risco o acordo de paz, enquanto 41% dos eleitores do Likud concordariam em arriscar.
“Os dados mostram que uma significativa maioria da populações se opõe à anexação e prefere soluções baseadas nas separação dos palestinos”, disse o presidente do CIS, antigo Vice-Chefe do Estado Maior, Matan Vilnai.
“Uma anexação unilateral, sem preparação adequada e sem consultar profissionais, poderia levar Israel a um desastre para e criar uma reação em cadeia violenta. Nós, antigos oficiais de segurança seniores, urgimos o governo israelense a se abster de anexações unilaterais e desaprovamos tal iniciativa significativa e arriscada, sem que precedida de um referendo nacional”.