Independência e Naqba
O 14 de maio de 1948, último dia do Mandato Britânico sobre a Palestina, é a data da Declaração de Independência do Estado de Israel, o ato oficial do nascimento de um Estado Judeu em Israel, que afirma, desde a origem que:
“… estará aberto para a imigração de judeus de todos os países onde estiverem dispersos; desenvolverá o país em benefício de todos os seus habitantes; será baseado nos princípios da liberdade, justiça e paz ensinados pelos profetas de Israel; assegurará total igualdade de direitos sociais e políticos a todos seus cidadãos, independentemente de crença, raça ou gênero; assegurará a proteção e a inviolabilidade de lugares santos e templos e todas religiões e respeitará os princípios da Carta da ONU…”
O 14 de maio é também a véspera do 15 de maio de 1948, quando os exércitos árabes entraram em guerra contra o recém-nascido Estado de Israel.
Nós sabemos das consequências que esta guerra teve sobre a população árabe, como disseram à época.
Pode-se entender que uma narrativa não obscurece a do outro. Não há necessidade de se limitar a uma história que não deixa espaço para aquela de outra parte da população.
A alegria e o orgulho de uns jamais serão compartilhados e, vice-versa, com a dor e a tristeza dos outros. Mas estes sentimentos são inegáveis e aqueles que os sentem são incontornáveis.
Isto não nos impede de avançar sem negarmos um ao outro, juntos – com dificuldade, mas juntos – como testemunhamos na cerimônia organizada recentemente pelo “Forum Israelense-Palestino de Famílias Enlutadas” e pelos “Combatentes pela Paz”.
Israelenses, judeus e palestinos, não têm nenhum outro país senão este…
A SOLUÇÃO: DOIS ESTADOS PARA DOIS POVOS
[ por La Paix Mantenant – Amigos do PAZ AGORA na França | traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]