ISRAEL 72 ANOS !
Nossa melhor homenagem ao Estado de Israel, além de destacar suas enormes conquistas nos campos da agricultura, ciência e tecnologia, é relembrar os princípios da sua Declaração de Independência. O documento a seguir é a Lei Maior do país, tendo caráter constitucional.
Declaração da Independência de Israel
Fac-símile do texto original da Declaração de Independência de Israel – 14|05|1948
” A terra de Israel foi o lugar onde nasceu o povo judeu. Aqui sua identidade espiritual, religiosa e nacional foi formada. Aqui eles conquistaram independência e criaram uma cultura de significado nacional e universal. Aqui eles escreveram a Bíblia e a deram ao mundo.
Exilado da Palestina, o povo judeu se manteve fiel a ela em todos os países de sua dispersão, jamais cessando de orar e esperar por seu retorno e pela restauração de sua liberdade nacional.
Impulsionados por este vínculo histórico, os judeus lutaram através dos séculos por votar à terra de seus pais e recuperar seu país. Nas últimas décadas, eles voltaram em massas. Eles recuperaram o deserto, reviveram sua língua, construíram cidades e aldeias e estabeleceram uma comunidade vigorosa e crescente com vida própria econômica e cultural. Eles buscaram a paz, mas sempre estiveram preparados para se defender. Eles trouxeram a bênção do progresso para todos os habitantes do país.
No ano de 1897, o Primeiro Congresso Sionista, inspirado pela visão de Theodor Herzl do Estado Judeu, proclamou o direito do povo judeu a uma renascença nacional em seu próprio país.
Este direito foi reconhecido pela Declaração Balfour de 02 de novembro de 1917, e reafirmado pelo Mandato da Liga das Nações, que deu um reconhecimento internacional explícito à conexão histórica do povo judeu com a Palestina e seu direito a reconstituir seu Lar Nacional.
O Holocausto nazista, que engolfou milhões de judeus na Europa, provou novamente a urgência do restabelecimento do Estado Judeu, que resolveria o problema da falta de um lar para os judeus, abrindo os portões para todos os judeus e elevando o povo judeu à igualdade na família das nações.
Os sobreviventes da catástrofe européia, assim como judeus de outras terras, proclamando seu direito a uma vida com dignidade, liberdade e trabalho, e incontidos por desgraças, sofrimentos e obstáculos, têm tentado incessantemente entrar na Palestina.
Na Segunda Guerra Mundial, o povo judeu na Palestina deu uma total contribuição na luta das nações amantes da paz contra o horror nazista. Os sacrifícios de seus soldados e os esforços de seus trabalhadores lhe fez merecer figurar ao lado dos povos que fundaram as Nações Unidas.
Em 29 de novembro de 1947, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotaram a Resolução para o estabelecimento de um Estado Judeu independente na Palestina, e instou os habitantes do país a tomar os passos que fossem necessários de sua parte para concretizar o plano.
Este reconhecimento pelas Nações Unidas do direito do povo judeu a estabelecer seu Estado independente não pode ser revogado. Ele é, ademais, a direito auto-evidente do povo judeu de ser uma nação como todas as outras nações, em seu próprio Estado soberano.
ASSIM, NÓS, os membros do Conselho Nacional, representando o povo judeu na Palestina e o movimento sionista do mundo, reunidos hoje em assembleia solene, no dia do término do Mandato britânico na Palestina, em virtude do direito natural e histórico do povo judeu e da Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas,
AQUI PROCLAMAMOS, o estabelecimento do Estado Judeu na Palestina, a ser chamado ISRAEL.
AQUI DECLARAMOS que, com o término do Mandato à meia-noite, nesta noite de 14 para 15 de maio de 1948, e até a devida instalação dos organismos do Estado eleitos em conformidade com uma Constituição, a ser redigida por uma Assembleia Constituinte não após o primeiro dia de outubro de 1948, o presente Conselho Nacional irá agir como administrador provisório, constituindo-se no Governo Provisório do Estado de Israel.
O ESTADO DE ISRAEL será aberto à imigração de judeus de todos os países de sua dispersão; promoverá o desenvolvimento do país em benefício de todos os seus habitantes; será baseado nos preceitos de liberdade, justiça e paz ensinados pelos profetas hebreus; defenderá total igualdade social e política para todos os seus cidadãos, sem distinção de raça, credo ou sexo; garantirá total liberdade de consciência, culto, educação e cultura; protegerá a santidade e inviolabilidade dos templos e lugares sagrados de todas as religiões; e se dedicará aos princípios da Carta das Nações Unidas.
O ESTADO DE ISRAEL estará pronto a cooperar com os órgãos e representantes das Nações Unidas para a implementação da Resolução da Assembléia de 29 de novembro de 1947, e tomará os passos para trazer uma União Econômica para toda a Palestina.
Apelamos às Nações Unidas para que ajude o povo judeu na construção de seu Estado e a admitir Israel na família das nações.
Em meio a uma brutal agressão, instamos ainda aos habitantes árabes do Estado de Israel para que retornem aos caminhos da paz e façam sua parte no desenvolvimento do Estado, com total e igual cidadania e a devida representação em seus órgãos e instituições – provisórios ou permanentes.
Oferecemos paz e boa-vizinhança a todos os Estados vizinhos e seus povos, e os convidamos a cooperar com a nação independente hebraica para o bem comum de todos.
Nosso chamado vai ao povo judeu em todo o mundo para que se junte a nós na tarefa de imigração e desenvolvimento e fique ao nosso lado na grande luta para o cumprimento do sonho de gerações – a redenção de Israel.
Com confiança na rocha de Israel, assinamos esta Declaração, nesta sessão do Conselho Provisório do Estado, na cidade de Tel Aviv, nesta véspera de sábado, 5º dia do mês de Iyar de 5708, 14 de maio de 1948″ .
[ traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]
Negritamos alguns trechos acima, negligenciados pelos longos desgovernos de Benjamin Netanyahu.
Mantemos a esperança que esses princípios constitucionais de busca da Paz, Igualdade e Democracia – que nortearam os fundadores do Estado – voltem a prevalecer plenamente, com Direitos Iguais para Todos os Cidadãos e o fim da Ocupação dos Territórios Palestinos conquistados em 1967.
Ahead of Yom Ha'atzmaut, Israel's Independence Day, these 72 photos both define and celebrate the country we love so much. Happy 72nd birthday, Israel!
Posted by World Jewish Congress on Tuesday, April 28, 2020