כן, הציונות יכולה לשתף פעולה עם המשותפת
A campanha do Likud na última eleição atacou o “Azul e Branco”, acusando-o de pretender formar um governo com a ajuda da “anti-sionista” Lista Árabe Unida.
O “Azul e Branco” não teve uma resposta adequada, além de negações pelas quais ele deve agora se retratar, gaguejando com embaraço. Não precisaria ser assim: se houver um desejo de expressar sinceramente os desejos da maior parte dos cidadãos contra a continuação do mandato de Binyamin Netanyahu, nenhum pedido de desculpas ou evasão precisa ser feito. A verdade é que é possível ter um governo sionista com a ajuda – por fora e por dentro – da Lista Unida, baseando-se nos princípios que acompanharam o movimento sionista desde sua criação.
A recomendação pela Lista Unida ao Presidente Rivlin a favor de Benny Gantz para formar um novo governo no domingo foi um passo para isto. De uma perspectiva histórica, a liderança do Estado, direita e esquerda, claramente reconhece que o interesse da segurança – um interesse “muito sionista” – é a completa integração dos cidadãos árabes na sociedade. De fato, apesar da exclusão, discriminação e até a violência institucional nos primeiros dias, o Estado, no teste de resultados, a integração se comprovou. Desde os primeiros anos, a comunidade árabe de Israel e sua liderança política reconheceram a legitimidade do Estado, a lógica do seu estabelecimento e mesmo a afinidade judaica pela Terra de Israel.
As lutas políticas dos árabes em Israel, na vasta maioria dos casos, tornou-se não-violenta e dentro dos limites da lei. Nas últimas duas décadas uma crescente tendência de “Palestinianização” ficou evidente na sociedade árabe em Israel, o que incluiu uma retirada de apoio aos partidos sionistas e a crescente adoção de símbolos, narrativas e agenda do movimento nacional palestino.
O mainstream israelense está muito preocupado com esta tendência, que cai como uma luva para a propaganda da direita. Mas, precisamente por causa do fortalecimento da identidade palestina, as vozes na sociedade árabe que pressionaram para uma cooperação com o Azul e Branco , e até com o partido Israel Nossa Casa de Avigdor Lieberman são particularmente surpreendentes. Diferentemente dos dias do Mapai e do governo militar, as recentes ações da Lista Unida não podem ser desprezadas como motivadas pelo medo ou interesses pessoais de “dignitários”.
Sua disposição em recomendar Benny Gantz reflete a adoção de uma abordagem pragmática e o abandono de pureza ideológica com que muitos dos seus apoiadores judeus ficam desconfortáveis.
O Azul e Branco pode e deve argumentar que seria uma vergonha histórica ignorarmos esta aproximação de uma facção autêntica do povo palestino em direção ao mainstream israelense-sionista. Em outras palavras, reconhecendo que a Lista Unida constitui uma representação fiel dos árabes em Israel, os representantes do Azul e Branco tem a oportunidade de seguir os antigos líderes sionistas, como Moshe Sharett, Levi Eshkol e Menachem Begin, que advogaram baixar os muros entre judeus e árabes em Israel.
Aqueles que condenam a aliança em nome de “valores sionistas” ignoram o fato de que, através dos anos os objetivos do sionismo e o relacionamento entre seus valores mudaram. Se formos mostrar a David Ben-Gurion a plataforma do Balad (componente da Lista Unida) nos anos ‘920, ele a assinaria.
Veja as quatro diferentes plataformas partidárias que compõem Lista Unida. Você não encontrará expressões de afeição pelo sionismo. Mas todas elas reconhecem os judeus como uma comunidade nacional conectada à terra.
Em vez de se engajar nas fileiras entre sionismo e anti-sionismo, imagine o que um professor radical americano, que apóia o BDS e não está disposto a comprar hummus produzido por uma companhia israelense diria, enquanto o Dr.Ahmed Tibi (deputado da Lista Unida) apóia para primeiro-ministro de Israel um homem que foi Chefe do Estado Maior durante a “Operação Borda Protetora” contra Gaza.
[ publicado por Arnon Dagani no YNET.CO.IL – traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]