PAZ AGORA nas ruas – contra Fraude de Trump e Anexações
Nesta noite de sábado, trouxemos um choque de energia a Tel Aviv. Milhares de israelenses, judeus e árabes, marchamos lado a lado a partir do icônico Dizengoff Center, descendo a King George Street. Denunciamos a “Fraude do Século” de Trump e nos manifestamos por uma verdadeira visão de paz – o Estado de Israel ao lado de um Estado Palestino independente.
Agradecemos por ajudar o PAZ AGORA a organizar, construir uma coalizão e implementar nossa “Manifestação por um Acordo de Paz, Não para um Plano de Anexação!”. Com sua contribuição, conseguimos trazer uma grande multidão para exigir um Israel democrático e pluralista contraposto ao horrível Plano Trump.
Após a marcha, fizemos um comício, com uma lista de prestigiosos oradores. A secretária-geral do PAZ AGORA falou primeiro, sendo seguida pelas deputadas Tamar Zandberg e Aida Touma-Suleiman, líderes do Breaking the Silence e Standing Together e outros. A noite terminou com um show da banda System Ali.
Nossas Posições e o Mapa do “Plano” Trump
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Quando o presidente dos Estados Unidos anunciou, festivamente seu “Acordo do Século”, repetiu as seguintes palavras várias vezes: “plano de paz” e “Estado Palestino“. Apesar das palavras aparentemente adequadas e da atmosfera celebratória, um exame dos detalhes do plano claramente revelam o grau em que ele ignora tanto a paz quanto um Estado Palestino. Uma análise mais profunda indica que o plano não apenas negligencia avançar a paz, mas também tem o potencial de severamente prejudicar as perspectivas para um plano de paz autêntico para ambas as partes.
Sumário: Por que o Plano é Tão Ruim?
Unilateralismo e falta de reciprocidade – Conforme o plano americano, Israel pode, desde já (unilateralmente) anexar assentamentos (proibidos pela Lei Internacional) no seu estágio inicial de implementação, antes de negociações. Um Estado Palestino será estabelecido, condicionalmente por termos que serão determinados unilateralmente.
O “Estado” Palestino proposto não é um Estado real:
- Ele carece de contiguidade territorial ou potencial para o desenvolvimento econômico – o Estado proposto é semelhante a um queijo suíço, cujas partes tão interconectadas por estradas e túneis que impossibilitam qualquer desenvolvimento sustentado.
- Não tem fronteiras independentes – o “Estado Palestino” proposto seria cercado pelo Estado de Israel por todos os lados. Até a travessia entre Gaza e o Egito terá uma presença israelense.
- Não tem segurança auto-suficiente – Conforme o plano americano, Israel reterá controle de segurança sobre todo o Estado Palestino.
Fronteiras Indefensáveis – Anexação de assentamentos, que se tornarão enclaves dentro de um Estado Palestino, constituir-se-ão em enorme encargo de segurança para o exército israelense.
Plano não traz uma solução para Jerusalém – o plano de Trump não resolve um dos pontos focais do conflito, deixando toda Jerusalém Oriental e centenas de milhares de moradores palestinos sob soberania israelense.
Trocas de terras e “transfers” de populações – o plano americano inclui a possibilidade de Israel privar centenas de milhares de cidadãos de origem árabe de sua cidadania israelense, “transferindo-os” de uma maneira virtual pelo redesenho da Linha Verde, de forma que ficariam sob domínio palestino. Esta proposta racista não ajudaria muito para assegurar uma supermaioria judaica e machucaria severamente o delicado tecido de vida entre cidadãos judeus e árabes.