Deputados americanos votam contra anexações na Cisjordânia por Israel
Primeiro-Ministro Netanyahu na coletiva de imprensa em que revelou seu plano de anexar o Vale do Jordão e a região do norte do Mar Morto – 10|09|19
A Câmara de Deputados (House of Representatives) dos Estados Unidos aprovou hoje uma resolução se opondo à anexação da Cisjordânia por Israel. Esta é a primeira vez que tal resolução passa no Congresso americano e, embora não seja legalmente vinculante, mostra uma crescente oposição dentro do Partido Democrata às políticas do primeiro-ministro Netanyahu e sua coalizão de direita,
A Resolução 326 da Câmara afirma que qualquer proposta dos Estados Unidos para solucionar o conflito israelense-palestino deve endossar uma solução de Dois Estados e “desencorajar passos de qualquer lado que possam afastar do alcance um final pacífico do conflito, incluindo a anexação unilateral de territórios” Similarmente, opõe-se a esforços palestinos para criação de seu Estado que não envolvam negociações com Israel.
A resolução foi patrocinada pelo democrata californiano Alan Lowenthal e apresentada à Casa em abril, para expressar o “sentimento da Câmara dos Deputados de que apenas uma solução de Dois Estados para o conflito israelense-palestino pode assegurar a sobrevivência de Israel como um Estado judeu e democrático e atender às legítimas aspirações por um Estado Palestino”. Ela também reafirma a continuada ajuda militar a Israel.
Tlaib votou contra por sua oposição à solução de Dois Estados. Os outros três, pela omissão da palavra ‘ocupação’ na versão final,
A resolução foi votada dias após Netanyahu dizer a jornalistas israelenses que discutiu a anexação unilateral de partes da Cisjordânia com o Secretário de Estado Mike Pompeo, com quem encontrou em Portugal. Netanyahu sugerira várias vezes nos últimos meses que o governo Trump apoiaria sua promessa de campanha de anexar unilateralmente o Vale do Jordão,
Há duas semanas, a administração reverteu a política consistente dos Estados Unidos relativa a assentamentos nos territórios palestinos, anunciando que não mais os consideraria ilegais sob a lei internacional.
[ por Amir Tibon | publicado no Haaretz em 06|12|19 | traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]