O marido de Dafna Meir, mãe de seis crianças que foi assassinada na própria casa por um adolescente palestino, instou judeus e palestinos a “olhar para o que nos une”.
Natan Meir conversou na quinta-feira com o presidente de Israel, Reuven Rivlin, que fez uma visita de condolências à família no assentamento de Otniel, onde sua esposa foi esfaqueada por um palestino de 16 anos que teria confessado o assassinato.
“A mensagem que quero divulgar e que repeti a todos os que vieram me dar os pêsames é para pararem de afiar as lanças e olharem para o que nos une”, disse Meir ao presidente. “Conhecemos bem o ódio, basta disto. A verdadeira solução é o amor. Eu falo com meus filhos a cada noite, e nunca onvi deles uma única palavra de ódio”.
Rivlin disse a Meir: “Suas palavras vão direto ao coração e reverberam por todo o país. Essas palavras precisam guiar a todos nós”.
Meir, com seus filhos e Rivlin plantaram um loureiro [‘dafna’ em hebraico] na entrada da casa da família.
“É isto que desejo ser lembrado. Dafna via cada um como uma pessoa, um ser humano. E aprendeu a língua árabe para cuidar melhor dos seus amigos”, disse Meir. “A perda de Dafna é pessoal e também da comunidade. Espero que seu sacrifício seja lembrado por seu cuidado pelos outros. Ela acreditava, como nós, que o amor é muito mais poderoso do que o ódio”.
Dafna Meir foi morta por esfaqueamento, em sua casa no assentamento de Otniel, enquanto lutava com o seu assassino, no que se acredita ter sido um esforço para salvar três de seus filhos que estavam em casa. Sua filha de 17 anos presenciou o final do ataque. O assassino, de 16 anos, foi capturado dois dias depois.
Dafna trabalhava como enfermeira no Centro Médico Soroka, em Beer Sheva. Faleceu aos 38 anos.
[ publicado no Haaretz em 22|01|2016 e traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]