Cerca de 20.000 pessoas foram às ruas neste sábado, 4 de junho de 2011, em apoio a um Estado Palestino baseado nas fronteiras de 1967. Entre os grupos participantes estavam o PAZ AGORA, membros dos partidos Meretz, Hadash, e Trabalhista e até representantes do Kadima.
Levavam cartazes e faixas com frases como “Sim à Paz” e “Judeus e Árabes Recusam-se a Ser Inimigos”. Posters gigantes com a imagem de Barack Obama diziam “Yes, We Ken” [‘Ken’ significa ‘Sim’ em hebraico].
A marcha foi convocada após a recente visita do primeiro-ministro aos EUA, quando foram expostas fortes divergências de opinião Netanyahu e presidente americano Barack Obama sobre a questão das fronteiras de um futuro Estado Palestino. A multidão se reuniu na praça Rabin e terminou com uma manifestação diante do Museu Tel Aviv.
Yenina Altman, 80, veio de Haifa para protestar: “É importante para mim expressar o desejo de ver os palestinos independentes”, disse ao Ynet. “Vim da Polônia depois que toda a minha família foi assassinada. Estive num gueto e num campo de concentração. Quero ver meu país mostrando tolerância e respeito pelos palestinos e dar-lhes o direito a um Estado independente, da maesma forma como nós desejamos o nosso”.
“2 Jerusaléns = 1 Paz” – “Judeus e Árabes Recusam Ser Inimigos”
Makhoul Rwada, de Kafr Yasif disse: “Esperemos que tais atos de protesto se fortaleçam e levem a uma mudança que terá um Estado Palestino independente ao longo das fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital”.
O deputado Daniel Ben Simon elogiu declarações de Meir Dagan, ex-chefe do Mossad, que acusou Netanyahu e Ehud Barak de estarem pavimentando a estrada para outra guerra”.
Chaim Oron, presidente do Meretz:
“A paralisia total do processo de paz promovida por Bibi [Netanyahu] irá nos arruinar a todos”.
Dov Henin, deputado pelo Hadash afirmou que “esta é a batalha mais fatal na História do campo da paz – não existe outra alternativa a uma guerra terrível. A paz de dois Estados e duas capitais em Jerusalém não é apenas vital. É também possível”.
O deputado Ahmad Tibi afirmou que “a mais longa ocupação da História moderna precisa acabar e quem recusar as fronteiras de 1967 terá que negociar as de 1948, e um Estado único em vez de dois Estados vizinhos”. Referindo-se aos blocos de assentamentos, disse: “Os blocos e metástases são ambos tumores cancerosos que precisam ser removidos para que seja possível a paz e uma solução de dois Estados”.
[ fontes: Haaretz e Ynet – 06|04|2011 – editado e traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]