“A Autoridade Palestina [PA] reconheceu a existência de Israel em 1993, e agora Israel deve reconhecer o Estado Palestino nas fronteiras de 1967“, disse Abbas a deputados do partido de esquerda Hadash, em Ramallah.
Abbas esclareceu que a AP mostraria flexibilidade quanto à natureza das negociações, mas acrescentou que não iria negociar sobre questões que o povo palestino considera como principais.
“Se tivéssesmos mostrado flexibilidade nesses assuntos, o acordo de paz já estaria assinado há muito tempo”, disse Abbas.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ofereceu no início da semana suspender a construção de assentamentos se os palestinos reconhecessem Israel como Estado judeu, mas a liderança palestina logo rejeitou a proposta.
“Se a liderança palestina disser inequivocamente ao seu povo que reconhece Israel como o lar do povo judeu, estarei pronto para reunir o meu governo e requerer uma nova suspensão”, declarou Netanyahu na abertura da 3ª sessão do 18º Knesset .
“Assim como os palestinos esperam que reconheçamos seu Estado, esperamos um tratamento recíproco”, disse Netanyahu. “Isto não é uma condição, mas um passo para construir a confiança, que poderia criar uma confiança de amplo espectro entre o povo israelense, sobre a disposição palestina pela paz, corroída nos últimos 10 anos”.
O presidente do Hadash, Mohammed Barakeh, que participou do encontro com Abbas, disse que o timing da reunião não foi coincidente e foi marcado em função das recentes discussões despertadas pela oferta de Netanyahu.
“Viemos a Abu Mazen [Abbas] e aos funcionários da Autoridade Palestina para ouvir uma posição clara e oficial sobre as negociações stalled, e deixamos claro que nós [árabes-israelenses] não seríamos um rebanho de ovelhas durante as negociações entre Israel e os palestinos”, disse Barakeh.