Israel é um país que sabe como entrar numa guerra, mas não tem idéia de como sair dela. Todas as vezes, ficamos excitados pelos nossos grandes homens, a coragem dos nossos líderes e o espírito da nossa nação. Mas, pouco depois, meu caro, come the screw-ups, guerras entre generais, e a helplessness de nossos líderes.
Há muitos anos, parece que parte dos procedimentos israelenses de guerra deveriam incluir, por lei, uma comissão de inquérito – não importando se a guerra foi um fracasso ou uma história de sucesso.
É necessário institucionalizar e estruturar o processo de tirar lições e conclusões e não abandoná-lo aos caprichos da política populista.
Precisamente por este ponnto de vista, que busca institucionalizar o inquérito e a auto-reflexão, istou surpreso – realmente muito espantado – pelo novo modelo que está tomando forma bem na nossa frente. Um comitê (de inquérito, exame – chame como quiser) com um aspecto internacional. Até este momento não e claro se a presença global tomará a forma de observadores ou de membros efetivos do comitê, mas é claro que estarão ali.
Se isto acontecesse numa cidade distante, cuja prefeitura tivesse errado muito e não tinha mais condições de funcionar, poderiamos chamar isto de comitê nomeado, como os que foram impostos em comunidade conturbadas israelenses como as da cidade sulina de Yerucham.
Bem, o fato é que Israel se transformou Yerucham do munto. A Casa Branca seria o tomador de decisões sobre permissão de construir em Jerusalém, o presidente dos EUA ditaria a política e as decisões ao primeiro-ministro israelense, ministros e assessores, e então descobriríamos que a comunidade internacional nomeia seus supervisores para assegurar que as investigações que Israel faz sobre suas ações são kosher.
Começo de um processo perigoso
Se olharmos de maneira mais ampla, isto poderá marcar o início de um processo altamente perigoso de um golpe fundamental e significativo na soberania do Estado de Israel. O governo mais direitista, nacionalista que já houve aqui será o primeiro em nossa história a iniciar o processo de desmantelamento do Estado.
Se já não for muito tarde, nosso primeiro-ministro, ministros e presidente – que nunca param de falar mas, de repente, estão tomados por uma mudez – devem deter este processo.
Só uma alternativa é melhor do que a pobre opção que está se formando na cozinha de Netanyahu: Uma ampla comissão israelense de inquérito, abrangendo as mais respeitadas personalidades, cuja honestidade e qualidade estejam acima de qualquer dúvida aos olhos do mundo.
Esta questão não é entre esquerda ou direita. Não é uma questão que possa ser usada para um remendo político. A questão de fato refere-se aos próprios fundamentos do Estado, da sua independência e soberania. Posso imaginar a história pessoal dos nossos sete principais integrantes do ministério. Posso imaginar os sofisticados ganhos pessoais que cada um deles acumula, de forma a assegurar que se conclua que foram outros os que erraram. Mas, por favor, esta não é a forma de fazê-lo.
Não às nossas custas. E não ao preço do desmantelamento do Estado de Israel no altar da desgraça pessoal deles.
[ Publicado no YNet em 10|06|2010 e traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]