PAZ AGORA questiona traçado de ferrovia Jerusalém-Tel Aviv

Israel está construindo uma expansão ferroviária da linha Jerusalém-Tel Aviv através da Cisjordânia.

Conforme a lei internacional, o Estado de Israel é proibido de construir infra-estrutura permanente nos territórios ocupados em benefício próprio.

Em dezembro de 2008, foi publicado um projeto onde acessos à linha férrea seriam construídos em terras do vilarejo palestino de Bet Ichsa. O PAZ AGORA registrou objeção ao plano, alegando como principais razões:

1) O projeto é ilegal, pois ocupa terras para destiná-las a linhas de trem para uso israelense;

2) O plano é ilegal, porque usa explicitamente terras privadas palestinas sem qualquer processo de compra de direitos ou transferência legal das terras.

 

[  PAZ AGORA – 11|05|2009 ]



Israel deve repensar projeto de ferrovia que corta terras palestinas  

O escritório de planejamento da Administração Civil [órgão do Ministério de Defesa de Israel que regulamenta o uso de terras na Cisjordânia] tem hoje uma audiência pública sobre uma ação legal do PAZ AGORA para que o traçado da nova ferrovia Jerusalém-Tel Aviv seja alterado de forma a não cortar terras privadas de palestinos na Cisjordânia.

Jerusalém - 2 Capitais para 2 Estados

Jerusalém - 2 Capitais para 2 Estados

No momento, o projeto envolve a transformação de terras rurais palestinas em estradas de acesso a um túnel e uma ponte próximos a Mevasseret Zion, fora de Jerusalém. Na verdade, a maior parte da ferrovia se situaria fora da jurisdição de conselhos regionais e locais israelenses, passando por 50 dunams (12 acres) de terras pertencentes a vários vilarejos palestinos.

“O projeto foi aprovado como parte de um amplo sistema ferroviário pan-regional em Israel e também na Judéia e Samária (sul e norte da Cisjordânia), incluindo conexões entre as principais cidades dessas áreas, em conformidade com a situação política e de segurança”, declarou a Administração Civil em setembro de 2008, quando o Haaretz reportou que havia sido adicionada uma linha férrea para a cidade palestina de Ramalah, em resposta a uma decisão judicial que determinou que terras da Cisjordânia não poderiam ser tomadas para o uso exclusivo da população israelense.

A Administração Civil declarou, então, que o projeto da ferrovia na Cisjordânia iria passar de início por um túnel e sobre uma ponte, assim minimizando qualquer dano à terra.

Akiva Eldar publicado no Haaretz e  traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]

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