n185
Em dia com a PAZ, AGORA !
08/03/2005 – 2ª edição
Informe dos Amigos Brasileiros do PAZAGORA – PAZ AGORA/BR
> leia + >
> justiça acusa governo de apoiar colonias Ilegais
> SP: Falcão virou pomba ?
Nesta 5ª feira, 10/3 às 19h, n’a Hebraica, Ehud Olmert (vice-premier e ministro de indústria, comércio e trabalho de Israel), falará sobre Perspectivas do Processo de Paz no Oriente Médio. Ex-prefeito de Jerusalém, Olmert lidera a facção do Likud que apóia, junto a partidos de esquerda, o plano de desligamento de Sharon. Vale conferir.
> Paz Agora nos EU
A APN – Americans for Peace Now promove na próxima 2ª feira 14/3 em Washington um fórum sobre as perspectivas da paz israelense-palestina. Confirmaram presença os embaixadores, nos EUA, de Israel, Autoridade Palestina, Egito e Jordânia. O evento será moderado por Phyllis Oakley, ex-assistente da Secretaria de Estado dos EUA, e será realizado no Rayburn House Office Building do Capitol Hill em Washington.
> Moderação cresce em Israel
Última pesquisa do Maariv: 64% dos israelenses prefeririam responder ao atentado terrorista em Tel Aviv permitindo que a AP combata os terroristas, enquanto apenas 29% optariam por um fim do cessar-fogo e a retomada total das operações militares e dos assassinatos seletivos.
53% acham desnecessário um referendo popular sobre o desligamento, acreditando serem suficientes as decisões do gabinete e do Knesset sobre o plano. Pesquisa do Haaretz revelou que, se houvesse referendo, 68,5% da população apoiaria o plano de evacuação.
> … e conquista Palestina
Pesquisa do Centro Palestino de Pesquisas e Diálogo Cultural mostra que a moderação cresce também do outro lado da Linha Verde. 58,6 % dos palestinos acreditam que um movimento não-violento massivo contra a ocupação israelense trará a independência palestina, e 59,3% se declararam opostos ao atentado em Tel Aviv.
68,2% dos palestinos entrevistados acham que os 53 meses da Intifada prejudicaram ao interesses palestinos. Outro resultado interessante é que 50,7% dos respondentes conhecem e apóiam a Iniciativa de Genebra.
> Abdulah quer paz agora
Em entrevista à TV israelense nesta 2ª feira, o Rei Abdulah II da Jordânia declarou que está trabalhando com outros países para apresentar no final deste mês, na Cúpula da Liga Árabe na Argélia, uma proposta pela qual todos os membros da Liga devem firmar a paz com Israel, em troca da criação de um Estado Palestino viável.
Abdulah acha que a estabilidade de toda a região depende de uma paz justa entre Israel e os palestinos. E tem pressa: “Não queremos ficar mais dez anos dizendo que queremos paz para os nossos filhos. Queremos a paz para nós mesmos.”
> Ministros incriminados …
Foi divulgado o Relatório Sasson, confirmando antigas denúncias do PAZ AGORA de que as construções em outposts (postos avançados de assentamentos nos territórios ocupados – a maioria considerada pelo próprio governo de Israel como ilegais) na última década, foram feitas dentro de uma estratégia deliberada do movimento dos colonos de criar assentamentos permanentes. E que esta estratégia contou com o apoio velado, mas consistente, de autoridades governamentais de alto escalão, que lhes concederam abundantes recursos públicos.
Existe hoje uma centena de outposts na Cisjordânia e Gaza, e a atividade de construção continua, apesar do compromisso assumido ainda em 2003 pelo governo Sharon de interrompê-la. O PAZ AGORA exige um processo criminal contra as autoridades envolvidas no desvio de verbas orçamentárias de vários ministérios.
> … e ministros coordenados
Os novos ministros do interior, israelense (Ophir Pines-Paz) e palestino (Nasser Yousef), reuniram-se nesta 2ª feira, 7/3, para traçar estratégias comuns. Paz afirmou a intenção de o plano de desligamento ser implementado de forma coordenada, de forma a servir aos interesses de ambas as partes, e que seu governo não tolerará que a retirada de Gaza seja marcada por ações terroristas. De sua parte, Yousef levantou várias questões nos aspectos civis e de segurança, incluindo reunificação de famílias, cerca de separação e Jerusalém Oriental.
> Palestinas + Israelenses
Lideranças do mundo feminino israelense e palestino comemoram juntas o Dia Internacional da Mulher. Organizado pela organização feminina Naamat, com apoio do governo de Israel, o evento Mulheres, Coexistência e Paz reúne líderes como Salva Hadaib (vice-ministra de Direitos e Assuntos da Mulher da Aut.Palestina), Nadia Hilo (Cons. de Assuntos e Direitos da Mulher da pref. de Tel Aviv), Ruhama Avraham (Likud), Colete Avital (Avodá), Yuli Tamir (Avodá), Zehava Gal-On (Yahad), Orit Boker (escritório do primeiro ministro de Israel) e Lili Habash (Org. palestina Paialara). A presença, em destaque, de várias veteranas ativistas no PAZ AGORA e no diálogo israelense-palestino, em uma atividade patrocinada pelo atual governo de Israel, é sinal de novos tempos.
Outro encontro de organizações femininas pacifistas, como Bat Shalom, Machsom Watch, Ishá L’Ishá e Women in Black, irá se realizar com Yael Dayan, Shulamit Aloni e representantes do PAZ AGORA, Fórum da Paz, Yahad, Merkaz Altopolo e do Círculo de Pais Enlutados Israelenses e Palestinos. No Tzavta Tel Aviv, nesta 6ª feira, 11/3. à partir das 10h30.
> Pintando a paz
Rachel Weizman, empresária israelense cujo pai foi morto em 1994 por um empregado palestino, quer ganhar o prêmio Guiness da maior pintura pela paz do mundo. Estudante de artes plásticas, Rachel juntou 2.600 metros de tela, centenas de litros de tinta e de pincéis, para transformar sua idéia em realidade. Seu projeto “rompendo fronteiras” deve ser realizado em conjunto com artistas egípcios e jordanianos.
Pelas regras do Guiness, a pintura só pode ser feita após a tela ter sido costurada numa única peça, o que está sendo realizado numa oficina em Jaffa. A pintura será iniciada na cidade árabe-israelense de Sakhnin, por estudantes e artistas locais. Depois, a peça deverá ser transportada para ser complementada e apresentada em vários lugares, incluindo a costa entre Israel e o Egito e ao longo da cerca de separação na Cisjordânia.
> (Des)economia de guerra
A taxa real de desemprego de Israel, segundo o relatório anual da ONG Compromisso pela Paz e Justiça Social é de 18,1% (488 mil pessoas). 2 pontos percentuais não aparecem nas estatísticas oficiais. Referem-se a gente que já desistiu de procurar emprego. Outros 5 pontos correspondem à redução compulsória de horas trabalhadas. A maior parte das novas vagas abertas são em horário parcial, e a percentagem de desempregados árabes é duas vezes maior que a dos israelenses judeus.
Enquanto isto, o ministro Olmert, que anda por aqui, promove uma campanha para deportar trabalhadores estrangeiros ilegais que fazem serviços domésticos e de baixa qualificação, normalmente recusados por israelenses. O objetivo é absorver parte do crescente contingente de desempregados.
> Ponte no deserto
40 cientistas israelenses, jordanianos e americanos trabalham no projeto Bridging the Rift (BTR). “Minha esperança é de que as universidade palestinas também se integrem”, disse o biólogo Marcus Feldman, da Universidade de Stanford. O centro de pesquisas foi implementado em março 2004, por uma fundação criada por Feldman com o apoio dos governos jordaniano e israelense, na região desértica de Aravá, fronteiriça entre Israel e Jordânia.
[ Publicado (fonte original) em (dd/mm/yyyy) e traduzido por (tradutor) para o PAZ AGORA|BR. ]