n85
15/5 – sábado às 19:30 na Praça Rabin – TEL AVIV
Grande Manifestação do PAZ AGORA e COALIZÃO DA MAIORIA
SAIR DE GAZA! Retomar Negociações!
Uma pequena minoria de colonos se apossou do governo e do país.
Está na hora da maioria dizer BASTA !
A COALIZÃO DA MAIORIA (Matê Harov) organizadora do ato, inclui grupos de esquerda e centro-esquerda, como os partidos Avodá (Trabalhista), Yahad/Meretz (Social-Democrata) e Uma Nação, o PAZ AGORA , os Movimentos Kibutzianos, a Iniciativa de Genebra, movimentos juvenis como HaNoar HaOved e o Hashomer Hatzair, e o Fórum de Pais Enlutados.
Houve pronuncimentos do dirigente do PAZ AGORA Tzaly Reshef, Shimon Peres (presidente do Avodá), Yossi Beilin (presidente do Yahad), Amir Peretz (presidente do Uma Nação e dirigente da Central Sindical Histadrut), Yochi Brandes (Iniciativa de Genebra) e o ex-chefe do serviço secreto Ami Ayalon (promotor israelense do plano de paz “A Voz do Povo” [ www.pazagora.org/voz ] – junto ao líder palestino Sari Nusseibeh).
Falaram também o escritor Amós Oz, e um colono da região ao sul de Hebron que apóia a evacuação de Israel. A banda de rock “The Antiques” acompanhou os cantores populares Yael Levy e Danny Sanderson.
Cerca de 100.000 manifestantes vieram à Praça Rabin, num despertar da população em seguida aos fatos na Faixa de Gaza desta semana, que tiraram as vidas de 11 soldados israelenses e pelo menos 29 palestinos.
Houve pressões de deputados e ministros da direita, assim como por membros do Conselho de Colonos de Yesha (Cisjordânia), para adiar a demonstração, dizendo que esta desrespeitava a memória dos mortos. Em resposta, o porta-voz do PAZ AGORA, Yariv Oppenheimer, disse que a “manifestação tem a intenção de salvar vidas e portanto deve ser feita no horário programado”.
O deputado Ran Cohen (Yahad/Meretz) chamou os argumentos pelo cancelamento de “hipocrisia e covardia – tendo frustrado as esperanças de toda uma nação, o Conselho de Yesha está tentando obstruir a população de expressar sua opinião”. O presidente do Partido Trabalhista, Shimon Peres, rejeitou o chamado do Conselho de Yesha para cancelar a manifestação e disse que o propósito do evento é o de salvar outras vidas. “A cínica tentativa de direita de forçar sua posição sobre a maioria da nação é vergonhosa”, disse Peres.
Os organizadores anunciaram que devido à morte dos soldados, o caráter da manifestação foi mudado, iniciando-se com um minuto de silêncio em memória aos soldados caídos.
Uma vigília de memória e protesto, realizada pelas famílias enlutadas de vítimas do terror começou no dia anterior na Praça Rabin, terminando com a manifestação. O “Fórum das Famílias”, um projeto das “Famílias Enlutadas Apoiando a Paz, Reconciliação e Tolerância”, declarou que pagaram o preço mais alto e não podem se manter silenciosos quando mais 11 famílias se uniram às suas fileiras.
Mas a Praça Rabin não é o único espaço na campanha pela retirada de Gaza. Ontem o website do escritório do primeiro-ministro teve uma pane devido ao peso de milhares de e-mails de mulheres pedindo a Sharon para sair de Gaza. A iniciativa partiu de um novo movimento feminino chamado “Voltem”.
PAZ AGORA
DOIS ESTADOS: UM FUTURO PARA DOIS POVOS
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[ fonte: Maariv e Haaretz de 13 e 15/05/2004 – traduzido e editado pelo PAZ AGORA|BR ]
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