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PAZ AGORA volta ás ruas
O slogan procura costurar a divisão do campo da paz entre aqueles favoráveis a uma negociação com os palestinos dentro do escopo da Iniciativa de Genebra e aqueles que também apóiam ações unilaterais, acreditando que a retomada de negociações neste estágio é impossível. Os líderes do PAZ AGORA acreditam que o apelo emocional “Escolher a Vida’ ajudará a superar a passividade da população face aos recorrentes ataques suicidas que minam o campo da paz.
“Esta campanha pode unir o campo pacifista, porque se refere apenas ao que será feito (evacuar assentamentos) e não a como fazê-lo, se unilateralmente ou por acordo”, diz Yariv Oppenheimer, secretário-geral e porta-voz do PAZ AGORA. “É claro que um acordo é preferível, mas mesmo sem ele, uma evacuação unilateral é melhor do que continuar na atual situação”.
A liderança do PAZ AGORA está atenta a que a campanha possa ser vista como um apoio ao plano de desligamento do primeiro-ministro Ariel Sharon, mas explica que seu apoio será restrito à evacuação de assentamentos, e não se estenderá a outras partes de seu plano.
A opção do PAZ AGORA por focalizar os assentamentos é baseada na premissa de que a evacuação é hoje o coração do discurso público e que a campanha também pretende ser uma alternativa à campanha deflagrada pela direita baseada na frase “a evacuação é um prêmio para o terror”.
Ao apresentar os assentamentos como a raiz do problema político e econômico e um dos catalizadores do terror, o PAZ AGORA tentará convencer a população do espectro dos partidos Avodá, Meretz e Shinui, a se mudar de um apoio passivo à evacuação a uma pressão ativa sobre o primeiro-ministro para implementá-la”.
“Não diremos à população que o terror é apenas produto dos assentamentos, mas certamente mostraremos a conexão entre os telhados vermelhos em Psagot ou Beit El [assentamentos nos territórios ocupados] e o fato de terroristas suicidas se explodirem no coração de Israel. E mostraremos que os suicidas ganham legitimidade entre as pessoas em cujas terras os assentamentos estão incrustados”, disse um ativista do PAZ AGORA
[ publicado no Haaretz em 01|04|04 e traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]