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MOACYR SCLIAR é o primeiro Amigo Brasileiro “imortal” do PAZ AGORA!
Ontem, 31/07/2003, com 35 dos 36 votos, nosso amigo Moacyr Scliar foi eleito para preencher a cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras.
“É praticamente uma unanimidade. Não esperava essa magnitude”, afirmou Scliar, que soube do placar por meio de um telefonema do acadêmico Arnaldo Niskier, por volta das 16h30. “Pelo que sei da história da Academia foi uma votação rara. Em geral, há disputa. Transfiro minha alegria para o povo do Rio Grande do Sul, cujo apoio foi decisivo”, acrescentou, visivelmente emocionado. Scliar dedicou a eleição ao poeta Mário Quintana, também gaúcho, que por duas vezes se candidatou à ABL mas não foi eleito
Moacyr (Moishe) Jaime Scliar, 66, escritor e médico, foi um dos primeiros ilustres brasileiros que, há dois anos, endossou a Declaração Conjunta Israelense-Palestina, documento que no Brasil ensejou a reorganização dos Amigos Brasileiros do PAZ AGORA, e no Oriente Médio veio a ser o marco inicial da formação da COALIZÃO ISRAELENSE-PALESTINA DA PAZ, composta por destacadas personalidades políticas, acadêmicas e artísticas, israelenses e palestinas.
O mais novo “imortal” é autor de vasta obra literária reconhecida no Brasil, na América Latina (premiado pela Casa de Las Américas em 1989) e em várias partes do mundo, tendo livros traduzidos para o alemão, francês, espanhol, inglês, italiano, hebraico e sueco, entre outros idiomas.
Já teve vários trabalhos adaptados para cinema, TV, teatro e rádio. Foi professor visitante nas Universidades de Brown e Austin.
Sua vocação para a literatura despontou ainda na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: “Comecei a escrever no jornalzinho da Faculdade. Eram histórias relacionadas à nossa vida universitária, sobre como era abrir cadáveres, essas coisas…”. Seu primeiro livro (1962) foi “Histórias de Médicos em Formação. Seguiram-se 67 títulos publicados, como: “O Exército de Um Homem Só”, “O Centauro no Jardim”, “A Orelha de Van Gogh”, “A Condição Judaica”, “Os Deuses de Raquel”, “A Guerra do Bom Fim”, “A mulher que Escreveu a Bíblia” e “Na Minha Suja Cabeça, o Holocausto”.
Seus livros são impregnados de uma fértil mistura de brasilidade e da essência humanista do judaísmo, dando vazão a uma visão universal que nasce da conexão de sua profunda identidade com as camadas mais desfavorecidas da sociedade brasileira às suas origens de brasileiro gaúcho filho de humildes imigrantes judeus.
Lançou recentemente “Saturno dos Trópicos – A Melancolia Européia Chega Ao Brasil” (Companhia das Letras – veja crítica abaixo), livro que incursiona pela literatura, artes plásticas, medicina e política para traçar um panorama abrangente da história da melancolia e de suas repercussões na cultura brasileira.
O novo “imortal” Moacyr Scliar tem dado espaço em seus prestigiados artigos na imprensa brasileira (assina regularmente colunas nos jornais Zero Hora e Folha de São Paulo) a iniciativas de Educação para Paz no Oriente Médio pouco conhecidas do público brasileiro, sempre expressando sua esperança na solução do conflito árabe-israelense por uma solução de dois povos, Israel e Palestina convivendo lado-a-lado.
Parabéns, amigo Moacyr !
Continuemos juntos, buscando a PAZ, AGORA e SEMPRE !