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Israel tenta desmantelar assentamento ilegal na Cisjordânia
Cerca de 2.000 colonos judeus desafiadores se juntaram hoje em um assentamento ilegal na Cisjordânia.
As forças de segurança israelenses chegaram ao lugar pela manhã, mas não intervieram. Logo se retiraram enquanto se entabulavam negociações com os colonos sobre o destino do outpost de Havat Guilad, perto da cidade palestina de Nablus.
Ao meio-dia, Moshe Zar, que vive em Havat Guilad, pediu aos manifestantes que se retirassem pacíficamente e lhes disse que sua família havia decidido sair do assentamento, informaram rádios israelenses.
Mas centenas de colonos armados continuavam no lugar cantando, batendo palmas e agitando bandeiras, como mostra de apoio às casas improvisadas que esperam que cheguem a se converter em um assentamento formal. Até esta tarde não se havia tomado nenhuma medida.
O desmantelamento previsto se faria no mesmo dia em que o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon deveria ser recebido pelo presidente norte-americano George W. Bush na Casa Branca. Os Estados Unidos têm criticado a construção de assentamentos nos territórios ocupados, por considerá-los obstáculos aos esforços de paz para a região.
Sharon tem sido um enérgico partidário dos assentamentos, mas tem buscado evitar um enfrentamento sobre a questão com Washington, principal aliado de Israel.
A disputa pelos assentamentos ilegais também poderia por em perigo o governo de coalizão de Sharon com o mais moderado Partido Trabalhista, do ministro da Defesa Binyamin Ben-Eliezer, que propugna uma ação mais enérgica contra eles.
Havat Guilad, que consiste apenas em umas poucas casas móveis e barracas em uma colina erma, foi estabeleda no ano passado, após o filho de Zar, Guilad, ter sido assassinado por militantes palestinos na região.
O posto dá para uma estrada principal que atravessa o norte da Cisjordânia, e em dias claros se pode avistar dali os edifícios mais altos de Tel Aviv, a 60 quiilometros.
A imprensa israelense informou que um segundo assentamento ilegal, Guivat Asaf, nas cercanias da cidade cisjordaniana de Ramala, também será desmantelado, e os colonos também se reuniram ali hoje.
Mas, neste caso as forças de segurança não se apresentaram. Líderes dos colonos disseram que foram adiadas as medidas para desmantelar esse posto.
Os sucessivos governos israelenses têm resistido, no geral, a tomar medidas contra os colonos, que compõem apenas uns 3% da população geral de israelenses, mas que estão muito bem organizados e se manifestam energicamente.
[ fonte: OSM – http://www.wzo.org.il/es/ – 16/10/02 – traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]