Posição Oficial:
O PAZ AGORA e a Recusa ao Serviço Militar nos Territórios Ocupados
O aumento na recusa a servir nos territórios ocupados é uma resposta direta e compreensível às políticas do governo Sharon. Um ano após sua eleição, a população percebe que o governo deu as costas para toda oportunidade de acalmar a situação e voltar a negociações. Abandonando toda busca por caminhos diplomáticos, ele continua a usar métodos que aumentam ainda mais a opressão e a violência.
O governo se recusa a reconhecer a simples verdade de que não existe solução militar para o conflito israelense-palestino. Sob a capa de uma guerra justa contra o terror, ele dirige uma política que nega a existência do povo palestino e os seus direitos básicos.
A questão do serviço militar nos territórios ocupados apresenta um dilema difícil, com o qual os apoiadores da paz têm procurado diversos caminhos para lidar. Aqueles que se recusam a fazer o serviço militar nos territórios merecem o nosso respeito por sua coragem pessoal e cívica e sua posição de consciência.
Junto a isto, um grande número de indivíduos moralmente comprometidos, que buscam de forma constante e engajada a paz, continuam a ver o serviço no Exército de Defesa de Israel como uma obrigação civil que precisa ser cumprida, de forma humana.
O PAZ AGORA sempre foi e continua sendo um movimento israelense pela paz, amplo e de massas. É natural, assim, que entre suas fileiras apareçam várias respostas a esta questão de consciência pessoal.
Como movimento pluralista, que reflete centenas de milhares de israelenses, o PAZ AGORA deixa esta questão para as consciências individuais de cada um de seus ativistas. O movimento continua a apoiar todo passo que ajude a trazer o fim da ocupação.
[ Aprovado pelo Comitê Executivo do PAZ AGORA em 31|03|2002 – traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]